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Aromas na ração em porcas em lactação sob stress térmico

O uso de aromas na ração poderá ser benéfico para estimular o consumo de alimento em situações de stress por calor.

19 Abril 2018
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As porcas reduzem o apetite e o rendimento durante a lactação para minimizar a produção de calor quando estão sob stress por calor, pelo que concentrar a dieta ou mesmo reduzir o conteúdo de proteína são estratégias estudadas frequentemente. Por outro lado, o uso de aromas na ração poderá ser benéfico para estimular o consumo de alimento em situações de stress por calor.

Neste estudo, um total de 300 porcas (Landrace x Large White) de diferente paridade foram alimentadas com rações com diferentes níveis de aroma durante a lactação e foi avaliado o seu rendimento produtivo e reprodutivo em condições tropicais. Usando um desenho aleatório completo, as porcas foram colocadas em 3 tratamentos dietéticos: dieta controlo (T1) e outras duas dietas com diferentes níveis de inclusão de aromas (T2 = 250 e T3 = 500 g/t) durante a lactação de 24 dias e durante o intervalo desmame-cio (IDE). As temperaturas ambiente e as humidades relativas mínimas e máximas (média) medidas diariamente foram de 17,4 °C e 34,7 °C e 38,0% e 93,8%, respectivamente.

O uso de aroma influenciou o consumo voluntário de alimento das porcas. As porcas alimentadas com o nível T3 mostraram um maior consumo que as T2 e T1 (6,60 vs. 6,02 vs. 5,08 kg/d, respectivamente). O maior nível de adição de aroma (T3) deu lugar a um consumo de alimento 9,6% mais elevado em comparação com o nível T2. As porcas T3 tiveram um número de leitões desmamados maior em comparação com as porcas T2 e T1 (13,45 vs. 13,07 vs. 12,95 leitões, respectivamente). O ganho médio diário de peso dos leitões foi também afectado pelo tratamento já que nas ninhadas procedentes das porcas T3 o ganho diário foi maior em comparação com as procedentes de porcas T2 e T1 (3,37 vs. 2,75 vs. 2,58 kg/d, respectivamente). O peso ao desmame também foi maior para os leitões de porcas T3 em comparação com as porcas T2 e T1 (7,00 vs. 6,16 vs. 5,86 kg, respectivamente). A produção diária de leite calculada foi maior nas porcas alimentadas com T3 que com T2 e T1 (12,99 vs. 9,55 vs. 8,59 kg/d, respectivamente). Não foram detectadas diferenças entre tratamentos para o intervalo desmame-cio, que foi de 4,3 dias de média. Os tratamentos influíram na frequência respiratória já que as porcas T3 tiveram uma frequência respiratória mais alta que as T2 e T1 (82,7 vs. 79,6 vs. 65,4 respirações/min, respectivamente). De forma semelhante, as temperaturas rectais para as porcas T1 mostraram valores mais baixos em comparação com as porcas T2 e T3 (38,8 vs. 39,1 vs. 39,3 °C, respectivamente).

Em conclusão, o uso estratégico de aromas na ração para estimular o consumo voluntário das porcas pode beneficiar a produção de leite e melhorar o rendimento das ninhadas, o que pode ajudar a reduzir os efeitos negativos das condições de stress térmico em porcas em lactação.

Silva, B. A. N., Tolentino, R. L. S., Eskinazi, S., Jacob, D. V., Raidan, F. S. S., Albuquerque, T. V., Olivera, N. C., Araujo, G. G. A., Silva, K. F. and Alcici, P. F. (2018). Evaluation of feed flavor supplementation on the performance of lactating high-prolific sows in a tropical humid climate. Animal Feed Science and Technology, 236, 141-148. https://doi.org/10.1016/j.anifeedsci.2017.12.005

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