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OCDE e FAO prevêm descida dos preços agrícolas

A recente queda nos preços das principais culturas deve continuar para os próximos dois anos, antes de se estabilizar em níveis acima do período pré-2008.

16 Julho 2014
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A recente queda nos preços das principais culturas deve continuar para os próximos dois anos, antes de se estabilizar em níveis acima do período pré-2008, mas bem abaixo dos altos ultimamente, de acordo com o último relatório Agricultural Outlook pelo OCDE e FAO.

A procura por produtos agrícolas vai permanecer firme, enquanto aumenta a taxas mais baixas do que na década passada. Os cereais continuam a ser a base da alimentação, mas as dietas são cada vez mais ricas em proteína, gordura e açúcar em muitas partes do mundo, ao aumentarem os rendimentos e a urbanização.

O relatório da OCDE 2014-2023-FAO Agricultural Outlook indica que tais mudanças, combinadas com a crescente população mundial, exigirão uma expansão substancial da produção na próxima década. Liderados por Ásia e América Latina, as regiões em desenvolvimento são responsáveis ​​por mais de 75 por cento da produção agrícola adicional ao longo da próxima década.

Agricultural Outlook projeta que a produção mundial de cereais seja de 15 por cento mais elevado para 2023 do que no período 2011-13. O crescimento mais rápido é esperado na produção de oleaginosas, com 26 por cento ao longo dos próximos 10 anos. A expansão da produção de cereais secundários e oleaginosas será impulsionada pela forte procura de biocombustíveis, particularmente nos países desenvolvidos, e aumento da procura de rações em regiões em desenvolvimento.

O aumento da produção de culturas alimentares será mais moderado na próxima década, segundo o relatório, com o trigo crescendo em torno de 12 por cento e de arroz em 14 por cento, bem abaixo das taxas de crescimento da década precedente. Prevê-se também que a produção de açúcar aumente em 20 por cento, concentrada principalmente em países em desenvolvimento.

O Agricultural Outlook projeta a evolução de uma vasta gama de produtos para os próximos dez anos:

  • Cereais: preços mundiais dos principais cereais vão ter tendência a moderar no início do período analisado, impulsionando o comércio mundial. Prevê-se um aumento das reservas, enquanto as existências de arroz na Ásia alcançarão níveis record.
  • Sementes de oleaginosas: A percentagem global de terras agrícolas plantadas com oleaginosas continua a aumentar, embora a um ritmo mais lento do que nos últimos anos, já que a crescente procura de óleos vegetais empurra os preços para cima.
  • Açúcar: Após o enfraquecimento no final de 2013, os preços vão recuperar, impulsionados pela forte procura mundial. As exportações do Brasil, o maior exportador de açúcar do mundo, serão influenciadas pelo mercado de etanol.
  • Carne: A forte procura de importações da Ásia, bem como a reposição do efectivo na América do Norte mantêm os preços, que se espera que se mantenham acima dos níveis médios da década passada, ajustados para ter em conta a inflação. Preços da carne bovina tendem a subir para níveis recorde. As aves devem exceder o porco e tornar-se o produto de carne mais consumida nos próximos 10 anos.
  • Laticínios: Os preços caem ligeiramente, de altos níveis actuais, devido ao aumento sustentado da produtividade nos principais países produtores e da retoma do crescimento na China. A Índia supera a União Europeia para se tornar o maior produtor de leite do mundo, com grandes exportações de leite em pó desnatado.
  • Pesca: O crescimento da produção aquícola vai concentrar-se na Ásia e continua a ser um dos sectores de alimentares de maior crescimento, superando a pesca de captura para consumo humano em 2014.
  • Biocombustíveis: espera-se que os níveis de consumo e produção de biocombustíveis aumentem em mais de 50 por cento, liderado pelo etanol e o biodiesel à base de açúcar. Os aumentos de preços do etanol, de acordo com o petróleo, enquanto o preço do biodiesel seguirá mais de perto a trajectória dos preços dos óleos vegetais.
  • Algodão: A liberalização esperada das reservas mundiais acumuladas impulsionará o consumo ajudado por preços mais baixos que só devem recuperar em 2023.

Sexta-feira, 11 de Julho de 2014/ FAO.
http://www.fao.org

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