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Milho e soja: primeiras projecções do USDA para a campanha de 2023/2024

Aumento da produção nos Estados Unidos e no Brasil, recuperação dos níveis de colheita na Argentina e na União Europeia.

Gráfico 1. Projecção para os principais produtores mundiais de milho e soja - campanha de comercialização de 2023/24, elaborada pelo Departamento de Economia e Informação de Mercado com base em dados do FAS – USDA.
Gráfico 1. Projecção para os principais produtores mundiais de milho e soja - campanha de comercialização de 2023/24, elaborada pelo Departamento de Economia e Informação de Mercado com base em dados do FAS – USDA.
17 Maio 2023
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Para este novo ciclo, a entidade prevê um aumento significativo da produção, do comércio internacional e dos stocks finais a nível mundial. Isto seria apoiado pelo aumento da produção nos Estados Unidos e no Brasil, bem como pela recuperação dos níveis de colheita na Argentina e na União Europeia. Da mesma forma, o aumento das importações de milho e soja pela China seria um factor-chave na dinâmica do mercado mundial destas matérias-primas.

São apresentados os destaques dos últimos relatórios de estimativas de cereais e oleaginosas publicados pelo USDA em 12 de Maio.

Milho

  • A produção mundial de milho para a nova temporada 2023/24 deverá atingir 1219,6 milhões de toneladas (Mt), um aumento de 6,0% em relação à temporada 2022/23 (1150,2 Mt).
  • Para os Estados Unidos, a produção seria de cerca de 387,7 Mt, um aumento de 11,2% em relação à temporada anterior (348,8 Mt), enquanto a China aumentaria sua colheita em 1,0%, atingindo 280,0 Mt.
  • A União Europeia cresceria 21,4% com 64,3 MT, enquanto a Ucrânia, com 22,0 MT, apresentaria uma queda de 18,5%. A produção do Brasil chegaria a 129 MT, representando uma queda de 0,8% em relação à temporada anterior, enquanto a colheita da Argentina chegaria a 54 MT, crescendo 45,9% em relação à campanha anterior.
  • As exportações mundiais do grão aumentariam 11,3%, passando de 175,4 MT na campanha 2022/23 para 195,3 MT neste novo ciclo, sendo os Estados Unidos o segundo maior exportador do grão, alcançando 53,3 MT, o que significaria um aumento de 18,3% em relação à campanha anterior.
  • A oferta exportável da América do Sul mostraria aumentos significativos, pois aumentaria 3,8% neste novo ciclo para o Brasil com 55 MT, enquanto para a Argentina as exportações aumentariam 62,0%, atingindo 40,5 MT.
  • A China exigiria importações de milho de 23 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 27,8% em relação à época anterior (18,0 milhões de toneladas), enquanto a União Europeia reduziria as suas importações em 18,4%, com 20,0 milhões de toneladas.
  • As existências finais mundiais aumentariam 5,2% para 312,9 Mt. De facto, para os Estados Unidos, as existências aumentariam 56,8%, enquanto para o Brasil, a União Europeia e a China diminuiriam 16,3%, 2,7% e 0,5%, pela ordem.

Soja

  • Prevê-se que a produção mundial de soja para a época de 2023/24 aumente 10,8% em relação à época anterior, de 370,4 Mt para 410,6 Mt, por ordem.
  • As estimativas para as colheitas da América do Sul mostram um aumento de 5,2% para o Brasil, para 163 Mt, enquanto a Argentina deverá aumentar 77,8% para 48,0 Mt.
  • O Paraguai aumentaria sua produção em 13,6% em relação à temporada 2022/23 (8,8 Mt), alcançando uma colheita de 10 Mt, o que o levaria de volta aos níveis habituais até a campanha 2020/21.
  • Neste novo relatório, estima-se uma colheita de 122,7 Mt para os Estados Unidos, o que se refere a um aumento de 5,5% em relação ao ciclo 2022/23, quando atingiu 116,4 Mt naquela época.
  • A actividade de exportação seria liderada pelo Brasil com 96,5 Mt, crescendo 3,8% em relação ao ciclo anterior (93,0 Mt), enquanto os Estados Unidos alcançariam um volume de exportação de 53,8 Mt, valor que representa uma queda de 2,0% em relação à última colheita (54,8 Mt).
  • Para a Argentina, as exportações são projetadas em 4,6 Mt, o que significaria um aumento de 39,4% em comparação com a campanha de 2022/23 (3,3 Mt).
  • A China importaria 100 MT, com crescimento de 2,0% em relação ao ciclo 2022/23 (98,0 MT).
  • Os inventários finais da oleaginosa aumentariam 21,2% a nível mundial, atingindo 122,5 MT e seriam apoiados por aumentos nos inventários dos Estados Unidos, Argentina e Brasil.

Redacção 333 América Latina com dados de USDA | Estados Unidos da América. https://apps.fas.usda.gov/

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