Após mais de quatro décadas de luta contra a Febre Aftosa, o Mato Grosso será oficialmente reconhecido como zona livre da doença sem vacinação, o mais elevado estatuto sanitário concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A entrega do certificado foi realizada no passado dia 29 de Maio, durante a 92ª Assembleia Mundial da entidade, com a presença de delegações de mais de 180 países.
Este é um dos momentos mais emblemáticos no cenário agro-pecuário internacional para o principal produtor de proteína animal do Brasil. Liderada pelo vice-governador Otaviano Pivetta, uma comitiva formada por representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Económico (Sedec), Instituto de Defesa Agro-pecuária (Indea), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Fundo Emergencial de Sanidade Animal de Mato Grosso (FESA), Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac) e produtores rurais deslocaram-se a Paris para a Assembleia Mundial da OMSA, cuja programação decorreu entre os dias 25 e 29 de Maio, onde encerra com a outorga das certificações.

O reconhecimento marca o fim de uma jornada iniciada ainda na década de 1970, quando a Febre Aftosa era uma ameaça constante ao efectivo mato-grossense. O último foco da doença em Mato Grosso foi registado em 1996. Desde então, com campanhas de vacinação, estruturação institucional e envolvimento do sector produtivo, o Estado conquistou a certificação de zona livre com vacinação em 2001. Naquele ano, o efectivo era de 22 milhões de cabeças. Hoje, são 33 milhões de bovinos, o maior efectivo do Brasil, de acordo com os dados do Indea.
26 de Maio de 2025 /Acrismat/ Brasil
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