Mais de vinte organizações europeias dos sectores agro-alimentar, florestal e de alimentação animal — incluindo a FEFAC, a COPA-COGECA, a COCERAL, a CELCAA e a UECBV — manifestaram a sua preocupação com a falta de clareza jurídica e a inviabilidade prática do Regulamento da União Europeia sobre Desflorestamento (EUDR), que deverá entrar em vigor a 30 de Dezembro de 2025 para as médias e grandes empresas e a 30 de Junho de 2026 para as micro e pequenas empresas.
Os signatários apelam à Comissão para que estabeleça um mecanismo de "paralisação do prazo" para reavaliar a implementação do regulamento, a fim de garantir a sua viabilidade prática sem comprometer o objectivo ambiental de combate à desflorestação.

Pelo seu lado, a Federação Europeia de Fabricantes de Alimentos para Animais (FEFAC) emitiu um alerta urgente sobre o risco de graves interrupções no fornecimento de soja, essencial para o sector pecuário europeu, consequência directa da implementação incerta do Regulamento da UE sobre a Distribuição de Alimentos para Animais (EUDR).
A 28 de Outubro, a FEFAC enviou uma carta urgente ao Conselho de Ministros da Agricultura da UE, presidido pela Dinamarca, advertindo para o bloqueio do mercado da soja. Segundo o presidente da FEFAC, Pedro Cordero, os fornecedores retiraram propostas para 2026 e as poucas disponíveis para 2025 incluem margens de lucro significativas. As compras de produtos de soja previstas para o primeiro e segundo trimestres de 2026 encontram-se agora num estado de incerteza jurídica, de acordo com Cordero, devido à proposta da Comissão de adiar as inspecções e as penalizações pelas autoridades competentes por seis meses, o que pode ou não ter efeito retroactivo. A FEFAC prevê que isto conduza a perturbações na cadeia de abastecimento de soja nos principais países produtores, resultando em custos adicionais para o sector pecuário da UE de até 1,5 mil milhões de euros.
3 de Novembro de 2025/ Redacção 333 a partir da FEFAC.








