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Biossegurança-localização
Sanchez-Osorio sublinha que a biossegurança é o principal instrumento para garantir a saúde animal. No âmbito da biossegurança, o aspecto mais importante é a localização dos núcleos de selecção. É fundamental encontrar locais adequados, em zonas de baixa densidade, com barreiras naturais que impeçam a transmissão de doenças.
É por isso que, já há alguns anos, a Topigs Norsvin transferiu os núcleos das linhas Z (Large White) e TN Tempo dos Países Baixos para o Canadá. Para as linhas L (Landrace) e TN Duroc, os núcleos de selecção encontram-se na Noruega. Ambos os países garantem locais ideais e extremamente isolados. A Península Ibérica não é alheia a esta necessidade, razão pela qual, nos últimos anos, os esforços se têm concentrado na localização de novas estruturas de produção (multiplicadores, instalações de criação e instalações para varrascos) em locais distantes das zonas de produção de suínos.
Estado sanitário
O objectivo ao nível das explorações nucleares é que todas as explorações sejam triplamente SPF, tal como definido pela Topigs Norsvin, o que inclui a ausência de PRRS, Mycoplasma hyopneumoiae, Actinobacillus pleuropneumoniae, Brachyspira hyodisenteriae, Pasteurella multocida produtora de toxinas dermonecróticas e sarna, para além, obviamente, de todas as doenças notificáveis. Especifica que, actualmente, quase todas as explorações nucleares, tanto na linha materna como na linha de acabamento, atingiram este estatuto e que está previsto que todas elas atinjam este estatuto sanitário nos próximos anos. Para garantir este estatuto sanitário, as explorações estão sujeitas a um programa de controlo rigoroso que inclui controlos regulares de cada uma destas doenças.
Para que os progressos genéticos alcançados no núcleo possam ser difundidos nos diferentes países, os núcleos estão ligados através de sémen e de importações regulares de varrascos directamente dos núcleos. Existe um plano anual de importação que inclui a entrada de animais do Canadá e da Noruega. Além disso, existem núcleos satélites na Europa e noutros países, que aumentam a capacidade de produção, mas também servem de reservatório genético para o caso de acontecer alguma coisa numa exploração do núcleo.
Ao nível dos multiplicadores locais, quase todos estão livres de PRRS e nos últimos anos a disponibilidade de reprodutores triplos SPF aumentou. No entanto, Sanchez-Osorio assinala que, em algumas ocasiões, os nossos clientes dão prioridade ao fornecimento de substitutos provenientes de um multiplicador com um estatuto sanitário inferior, mais semelhante ao da exploração do cliente, a fim de facilitar a adaptação das nulíparas às condições sanitárias das explorações de destino.
Controlos
Outra tendência que permite reduzir os riscos sanitários e aumentar as garantias dos nossos clientes é a de ter a estrutura de multiplicação em fases separadas. Desta forma, as explorações de multiplicação apenas dispõem de capacidade de recria para a autoreposição, sendo o resto dos reprodutores criados em unidades externas de dimensões adaptadas à capacidade de produção da exploração de multiplicação que permitem sistemas "all-in-all-out".
A localização e os requisitos de biossegurança para estas unidades de recria são os mesmos que os exigidos para as explorações de multiplicação. Quer se trate do local 1 ou do local 3, cada exploração tem o seu próprio veterinário responsável pelas visitas de rotina e pela recolha mensal de amostras. No caso das explorações de recria onde existem saídas para os clientes, a amostragem é efectuada com maior frequência, a fim de reduzir o tempo entre a amostragem e as saídas.
Centros de inseminação
No que diz respeito aos centros de inseminação, a Topigs Norsvin dispõe de uma marca própria, a AIM Ibérica. Uma das estratégias de trabalho que tem sido trabalhada nos últimos anos é a separação dos laboratórios de preparação de doses dos pavilhões onde o sémen de varrasco é armazenado e recolhido.
Esta estratégia oferece várias vantagens:
- Reduzir o risco sanitário trabalhando com vários pavilhões de tamanho moderado (100-250 varrascos), conseguindo uma gestão mais segura das entradas de varrascos nos pavilhões. Isto reduz o impacto de quaisquer problemas de saúde e facilita a manutenção da distribuição e do serviço através da substituição do estábulo afectado.
- Melhorar os níveis de biossegurança, reduzindo o número de veículos e de pessoal que se deslocam para o pavilhão. Os veículos que transportam o sémen dos pavilhões para o laboratório são veículos dedicados que não têm contacto com qualquer outra exploração.
Nos últimos três anos, foram implementados laboratórios de biologia molecular para o diagnóstico da PRRS por q-PCR, pelo que o controlo da PRRS aumentou consideravelmente nos principais mercados, como os EUA e a Espanha, sendo sempre superior ao exigido para os controlos oficiais.
Transporte
Nos últimos anos, tem sido feito um grande esforço para trabalhar com empresas de transporte exclusivas. Trabalhamos com um número limitado de empresas de confiança, que designam veículos específicos para servir a Topigs Norsvin. Além disso, as deslocações são priorizadas em função do estado sanitário das explorações, tanto na origem como no destino.
Uma medida que conduziu a uma melhoria da desinfecção dos transportes foi a aplicação de um sistema de controlo de limpeza aleatório e surpresa. Independentemente de os transportadores apresentarem os seus certificados de limpeza e desinfeção, qualquer camião que transporte varrascos, recria, fêmeas reprodutoras, etc. pode ser examinado por amostragem para avaliar a carga microbiana na caixa, na cabina do transportador, etc., em qualquer altura e sem aviso prévio. Se os resultados não forem adequados, são tomadas medidas correctivas.
