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30 de Março de 2012
Manutenção preço dos porcos na segunda quinzena de Março em Portugal que reflecte algum equilibrio entre a oferta e a procura. De todas as formas, os consumos de carne de porco em Portugal encontram-se em níveis baixos devido, principalmente, à falta de poder de compra das familias portuguesas originado pela redução do seu poder de compra. A austeridade e o aumento do desemprego estão a ter forte influência na redução do consumo de carne de porco em Portugal.
O preço em Espanha também se manteve nesta quinzena e os comentários dão-nos conta de que o peso dos seus porcos se encontra no nível mais baixo dos últimos anos. Um Inverno ameno deu origem a que os porcos crescessem normalmente, havendo elevado oferta no mercado o que implicou níveis de abate bastante elevados. Neste momento, com uma oferta mais moderada os abates também são mais moderados.
Nos Países do Norte da U.E. houve subidas de preço na Dinamarca (0,02€/kg carcaça), mas a Alemanha, a Holanda e a Bélgica subiram cerca de 5 cêntimos esta quinzena. As condições climatéricas favoráveis (algum calor e sol) levou a que tivessem começado mais cedo as tradicionais churrascadas na Alemanha e isto é factor para ter aumentado o consumo e consequentemente o preço.
A França foi, novamente, o único País onde o preço dos porcos desceu com alguma expressão. A descida francesa foi de 0,10€/kg carcaça nesta quinzena. A justificação para este comportamento do mercado francês diferente do que está a acontecer no resto da U.E. é dada pelos matadouros que dizem que têm margens na venda da carne muito reduzidas e que isso os "obriga" a baixar o preço de compra dos porcos.
As cotações médias dos porcos na U.E. são mais elevadas 10 a 15% em relação ao mesmo período do ano passado. O grande problema na rentabilidade dos suinicultores continua a ser o elevado preço das matérias-primas (e sem tendência de descida) que absorvem toda a margem dos produtores. Esta tendência de preços altos e de provável subida do preço das matérias-primas será um factor a ter em conta nos próximos meses.
Aproxima-se a semana da Páscoa em que há feriados, ou seja, menos dias de abate nos matadouros e em que os consumos de carne são inferiores. O calendário poderá ser um problema para o preço. Tradicionalmente a Páscoa significa um ponto de viragem no mercado e, consequentemente, no preço. É normal que após a Páscoa os preços subam.
Veremos se assim é.
