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Mercado português com menor oferta de porcos e cotações a subir

Com cada vez menos porcos nacionais no mercado e com estes a serem procurados pelos matadouros, os pesos baixam e a tendência natural é que as cotações subam. Na primeira quinzena de Março, a subida foi de 0,078€/kg carcaça.

17 de Março de 2017

Com cada vez menos porcos nacionais no mercado e com estes a serem procurados pelos matadouros, os pesos baixam e a tendência natural é que as cotações subam. Na primeira quinzena de Março, a subida foi de 0,078€/kg carcaça.

Hoje em dia, os produtores estão a vender os seus porcos mais caros cerca de 40 cêntimos por quilograma do que o estavam a fazer há 1 ano atrás e isto é, sem dúvida, um excelente indicador daquilo que esperamos venha a ser o mercado em 2017.

Apesar da procura de porcos por parte do matadouro, a carne continua com dificuldade de valorização e isso implica redução das margens para as empresas de abate.

Todos estes dados de mercado indicam que a tendência da cotações seja de continuar a subir, ainda para mais quando já se falam em negócios de leitões para engorda (principalmente em Espanha) a preços na ordem de 70€/leitão de 20kg PV, apesar da aproximação da Páscoa no calendário, época tradicionalmente de redução do consumo de carne.

O mercado espanhol também subiu a sua cotação. Nesta quinzena a subida foi de 0,042€/kg PV, ou seja, cerca de +0,056€/kg carcaça fixando-se a cotação em 1,24€/kg PV (1,653€/kg carcaça). Os pesos em Espanha desceram 940g em carcaça nesta quinzena, quase menos 2kg do que no ano passado por esta altura.

As reduções do efectivo de porcas em toda a Europa levam a que haja menor oferta de porcos para abate nesta altura, isto reflecte-se na redução dos pesos e, consequentemente, na subida das cotações, que se encontram 20 a 30% acima das cotações de 2016.

Um dado importante transmitido pela Mercolérida, é que a carne, em Espanha, subiu o seu preço pela primeira vez nos últimos 4 meses. Este é um bom sinal, principalmente para as empresas espanholas que não exportam para a China e que tinham visto bastantes degradadas as suas margens. As empresas espanholas que, em 2016, exportavam para a China continuam a fazê-lo em 2017, a bom ritmo e a bom preço. O “único” problema é que compram porcos mais caros e, por enquanto, estão com dificuldades em subir o preço de venda da carne para aquele gigante asiático. Esperemos pelas próximas semanas para ver como todo o mercado, interno e externo, se adapta a estas subidas.

Na Alemanha a cotação subiu 0,05€ passando para 1,57€/kg carcaça. Há grande procura de porcos para abate e todos os porcos “oferecidos” aos matadouros são abatidos. Apesar desta boa fluidez, os pesos não baixam dos 96,3kg carcaça e os agrupamentos de produtores anunciam que irão colocar menos porcos à venda.

Em todo o caso, e apesar desta boa fluidez no mercado do porco, o mercado da carne está “pesado” e há dificuldade em subir o preço das peças. Alguns matadouros têm contratos “fechados” com preços definidos para algumas peças e estão a queixar-se que não poderão aceitar muito mais subidas na cotação dos porcos. Aqui poderá iniciar-se um “braço de fero” que poderá prejudicar a subida das cotações dos porcos na Alemanha e, consequentemente, as subidas previstas nos restantes países Europeus.

Na Holanda e na Bélgica as cotações subiram. Os holandeses subiram 0,02€/kg carcaça para 1,57€/kg carcaça e os belgas subiram 0,04€/kg PV para 1,09€/kg PV. Os holandeses referem que o preço sobe moderadamente arrastado pela Alemanha e pela redução da oferta de porcos para abate. O mercado da carne, principalmente de exportação, segue em bom ritmo mas, mesmo assim, há dificuldade em valorizar a carne.

A Dinamarca, finalmente, subiu 0,02€ fixando-se a cotação em 1,35€/kg carcaça. O mercado dinamarquês está estabilizado mas espera-se que, com a chegada da Primavera, aumente o consumo de carne de porco.

Em França a cotação subiu 0,006€/kg carcaça fixando-se em 1,403€/kg carcaça. Os pesos mantiveram-se nos 95kg de carcaça (peso igual ao da quinzena passada). Com a aproximação da Primavera são esperados aumentos do consumo o que trará maior fluidez ao mercado e subida das cotações.

Creio que até à Páscoa haverá condições para que as cotações continuem a subir paulatina e consistentemente.

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