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O cobre da dieta afecta a fisiologia do intestino delgado em leitões ao desmame

O fornecimento de 225 mg de Cu/kg em forma de cloreto de Cu pode reduzir o stress oxidativo a nível intestinal, relativamente ao sulfato de CuSO4 em leitões ao desmame.

6 Junho 2013
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No presente estudo foram utilizados 30 leitões recém-desmamados machos para determinar os efeitos da quantidade e fonte de cobre (Cu) da dieta na morfologia do intestino delgado e na peroxidação lipídica, metabolismo do cobre e expressão mediante mRNA das proteínas hepáticas envolvidas na homeostase do cobre. Aos 21 dias de idade, os animais foram homogeneizados por PV (6,33 ± 0,23 kg) e submetidos a um dos seguintes tratamentos dietéticos: i) controlo (não suplementado com Cu a 6,7 mg Cu/kg), ii) 225 mg de suplemento de Cu/kg de dieta em forma de sulfato de cobre (CuSO4) ou iii) 225 mg de suplemento de Cu/kg de dieta em forma de cloreto de Cu (TBCC). Os porcos foram alojados em pares por curral e alimentados com um regime de 3 fases até ao dia 35 ou 36 do estudo. Durante a amostragem, foram colhidos sais biliares e fígado para a análise de minerais e as amostras de fígado também foram obtidas, para análise de glutatião hepático (GSH) e expressão de mRNA de proteínas reguladoras do Cu. Foram colhidos segmentos de duodeno, jejuno proximal e íleo para avaliar a morfologia da mucosa e recolheram-se amostras de raspagens da mucosa duodenal para análise de malondialdehído (MDA).

A altura das vilosidades duodenais reduziu-se no grupo de leitões CuSO4 (338 µm) em comparação com o grupo controlo (486 µm; P = 0,001) e com o grupo TBCC (424 µm; P = 0,03). A altura das vilosidades no jejuno proximal dos porcos alimentados com CuSO4 reduziu-se (408 µm; P = 0,03) em comparação com os porcos controlo (509 µm), mas a altura das vilosidades do íleo não foi afectada (P = 0,82) pelo tratamento. As concentrações de MDA foram maiores (P = 0,03) nos leitões que receberam CuSO4 (0,57 µM/mg proteína) e tenderam a ser superiores (P = 0,10) nos leitões suplementados com TBCC (0,49 µM/mg proteína) em comparação com animais controlo (0,33 µM/mg proteína). O conteúdo de Cu no fígado foi maior (P = 0,01) nos leitões CuSO4 (268,2 mg/kg MS) vs. os leitões controlo (34,9 mg/kg MS) e tenderam (P = 0,07) a ser maiores nos porcos TBCC (188,6 mg/kg MS) que nos controlo. As concentrações de Cu nos sais biliares foram maiores (P < 0,05) nos grupos CuSO4 e TBCC vs. controlo (3,21 vs. 4,24 vs. 0,65 mg/l, respectivamente). A concentração hepática de GSH foi menor (P = 0,02) nos porcos suplementados com as dietas CuSO4 (5.688 pmoles/well)* vs. os porcos controlo (6.722 pmoles/well)* mas o conteúdo total não variou (P = 0,11) entre o grupo controlo e o grupo TBCC (6.034 pmoles/well)*. O mRNA hepático da proteína 17 de montagem do citocromo oxidase c foi menor (P = 0,01) no grupo CuSO4 (0,81) e tendeu a ser menor (P = 0,08) nos porcos TBCC (0,90) vs. os porcos controlo (1,07). A expressão de mRNA do antioxidante 1 foi maior (P = 0,04) nos porcos TBCC (1,86) e tendeu a ser maior (P = 0,06) nos porcos CuSO4 (1,78) em comparação com os controlo (0,90).

Os resultados deste estudo indicam que, quando se proporcionam 225 mg de Cu/kg de alimento, TBCC pode causar menor stress oxidativo no duodeno que CuSO4. A alimentação de leitões desmamados com níveis superiores de Cu resulta na modulação de alguns transportadores e acompanhante do Cu.

N.T. -No original - unidade de volume

RS Fry, MS Ashwell, KE Lloyd, AT O’Nan, WL Flowers, KR Stewart, JW Spears. 2012. Amount and source of dietary copper affects small intestine morphology, duodenal lipid peroxidation, hepatic oxidative stress, and mRNA expression of hepatic copper regulatory proteins in weanling pigs. Journal of Animal Science, 90:3112-3119. doi:10.2527/jas2011-4403.

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