Os alcalóides do ergot (esporão-do-centeio) são produzidos por fungos, incluindo o Claviceps purpurea, que podem contaminar o trigo e os grãos de cereais, além de provocarem agaláxia nas porcas por inibição da produção de prolactina.
Objetivo: Este caso descreve os níveis de alcalóides do ergot e a duração da exposição observados em condições de campo numa exploração que viveu um episódio de elevada mortalidade neonatal devido à agaláxia em porcas. Fornece ainda informação prática para que os veterinários incluam a toxicidade por alcalóides do ergot (ergotismo) no diagnóstico diferencial, bem como sugestões de métodos práticos de prevenção a discutir com os fornecedores de ração.

Métodos: Neste caso de agaláxia em porcas e aumento da mortalidade dos leitões, foi feito o diagnóstico de ergotismo com base nos sinais clínicos e na análise da ração.
Resultados: A dieta de lactação continha 330 ppb de alcalóides do ergot e foi administrada às porcas entre os 12 e os 14 dias, provocando uma mortalidade média (DP) de 79% (50%) nas crias expostas.
Conclusão: Níveis de alcalóides do ergot tão baixos como 0,33 mg/kg de ração (0,33 ppm) podem produzir sinais clínicos em porcas lactantes.
Senatra K, Gaab T, Pierdon M. Ergotism in an organic sow herd and the impact on lactation performance and subsequent reproductive performance. J Swine Health Prod. Published online January 16, 2025. https://doi.org/10.54846/jshap/1408


