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Cereais
A produção bruta de cereais na UE para 2025/26 está estimada em 285,4 milhões de toneladas, 4,1% acima da média dos cinco anos anteriores. Até ao momento, foram observadas boas condições climáticas para as culturas de Inverno nas partes central e norte da UE, bem como na Península Ibérica, com condições particularmente favoráveis em alguns países do leste. No entanto, a seca persistente em áreas como a Bélgica e a França está a afectar as culturas de Primavera e de Verão, enquanto o excesso de chuvas está a prejudicar as culturas de Inverno em Itália. A área de cereais da UE deverá aumentar 2,4% em 2025/26, embora ainda esteja 2% abaixo da média de cinco anos, impulsionada pelo trigo comum e duro, enquanto as áreas de milho, cevada e aveia diminuirão ligeiramente. Prevê-se que os rendimentos melhorem em todos os cereais. A produção bruta de trigo mole está estimada em 129,2 milhões de toneladas (+4,2%), o milho em 64,9 milhões de toneladas (+3%) e a cevada em 53,7 milhões de toneladas (+5,1%), em comparação com a média de cinco anos.
As perspetivas do mercado global para 2025/26 apontam para uma recuperação do comércio de trigo, impulsionada pela maior produção e procura globais na Ásia, enquanto o comércio global de milho deverá apresentar um crescimento mínimo devido à fraca procura de importação. O aumento projectado da produção interna poderá melhorar a balança comercial de cereais da UE: prevê-se que as exportações cresçam 26% em termos homólogos (embora ainda 1,8% abaixo da média de cinco anos) e que as importações caiam 19% (12% abaixo da média), graças a uma maior auto-suficiência. Em contrapartida, projecta-se que as importações de cereais em 2024/25 se situem 17% acima da média, devido à menor produção interna. Em 2025/26, prevê-se que a procura interna se mantenha estável. A utilização de rações para animais, o principal destino da produção interna, deverá manter-se constante, reflectindo a estagnação da produção pecuária (excepto avícola). O uso industrial também se deverá manter inalterado.
Oleaginosas
A produção de oleaginosas da UE para 2025/26 está estimada em 31,2 milhões de toneladas, um aumento de quase 12% em relação ao ano anterior (+4% em comparação com a média de cinco anos). Esta recuperação é impulsionada pelas sementes de colza e girassol, enquanto se prevê um declínio na produção de soja. A área dedicada às oleaginosas deverá cair 1,5%, especialmente para o girassol e a soja, mas esta redução é compensada por maiores rendimentos graças às condições climáticas favoráveis. A produção de culturas proteaginosas da UE está prevista em 4,8 milhões de toneladas em 2025/26 (-9% em relação ao ano anterior, mas +4% em comparação com a média de cinco anos), com um declínio impulsionado pelas ervilhas proteaginosas e favas. As importações deverão manter-se 3% abaixo da média de cinco anos, e as exportações deverão cair 2%.
Globalmente, prevê-se que a produção de oleaginosas atinja 692 milhões de toneladas em 2025/26 (aumento de 2% face ao ano anterior), graças à recuperação da produção de girassol após uma fraca campanha de 2024/25, com um crescimento particular na região do Mar Negro. A produção de bagaço de oleaginosas na UE deverá atingir 29,9 milhões de toneladas (aumento de 4%), em linha com o aumento da produção de sementes (aumento de 20% para o bagaço de girassol e de 4% para o bagaço de colza). A produção de bagaço de soja deverá manter-se estável em 11,5 milhões de toneladas. A produção de óleo vegetal na UE está estimada em 16,3 milhões de toneladas (aumento de 6% em relação ao ano anterior e de 2% em comparação com a média de cinco anos). O consumo de óleo vegetal continua a sua tendência decrescente (descida de 12% face à média), impulsionado pela menor utilização de óleo de palma (que representa 12% do total). As importações de óleo vegetal deverão cair 6%, devido tanto às menores compras de óleo de palma como ao aumento da produção interna. As exportações deverão manter-se estáveis cerca de 2,6 milhões de toneladas.
Julho de 2025/ Gabinete de Publicações da União Europeia/ União Europeia.
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