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Reino Unido: consequências do confinamento e do Brexit no mercado da carne de porco

O Reino Unido importa 60% da carne de porco que consome. Isto tem consequências tanto na resposta do mercado ante os confinamentos devido à pandemia como no iminente final do período de transição do Brexit.

Fonte: Defra, IHS Maritime and Trade - Global Trade Atlas®, HMRC, AHDB. *Oferta disponível para consumo (calculada)
Fonte: Defra, IHS Maritime and Trade - Global Trade Atlas®, HMRC, AHDB. *Oferta disponível para consumo (calculada)
23 Novembro 2020
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De acordo com a AHDB, em 2019, um pouco menos de 60% da carne de porco disponível para consumo no Reino Unido foi importada, quase toda, da UE. Foi exportada cerca de 30% da produção nacional de carne de porco. O volume total produzido no Reino Unido apenas atingiu, aproximadamente, 58% do que consome o país.

Os consumidores do Reino Unido preferem os cortes da perna e do lombo e não há porcos suficientes no Reino Unido para satisfazer esta procura. Também preferem toucinho à entremeada.

Consequências do confinamento e do Brexit

A carne de porco importada ocupa um lugar de destaque no sector da restauração. Qualquer alteração neste mercado, como o encerramento do sector devido à pandemia, afecta mais as importações do que a própria procura britânica. No primeiro confinamento, os dados da Kantar indicaram um aumento na procura de carne de porco, impulsionada pelo comércio a retalho, pelo que o produto britânico também teve uma grande procura. Espera-se que este também seja o caso neste segundo confinamento.

Quanto ao Brexit, o Governo do Reino Unido publicou as taxas aduaneiras que pretende aplicar às importações que estejam fora dos acordos de livre comércio. Estas seriam aplicadas aos produtos da UE caso não haja acordo. Ao sair da União Aduaneira, o Reino Unido poderá rever estas taxas alfandegárias, que actualmente são elevadas para os produtos de carne de porco, cerca de 30-40%. Dado que o Reino Unido é um importante importador líquido de carne de porco, este facto aumentaria o valor da carne de porco nacional.

Assim, as exportações de carne de porco para a UE também enfrentariam elevadas taxas caso não haja acordo comercial. Contudo, uma parte cada vez maior das exportações é dirigida à China em vez de ser para a UE (45% até esta altura no ano 2020, incluindo as miudezas).

5 de Novembro de 2020/ AHDB/ Reino Unido.
https://ahdb.org.uk/

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