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OMSA: primeiro relatório mundial sobre saúde animal

O primeiro relatório sobre o estado da saúde animal no mundo revela que várias doenças animais estão a atingir novas regiões e que metade delas podem ser transmitidas aos seres humanos.

29 Maio 2025
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O primeiro Relatório sobre o Estado da Saúde Animal no Mundo, publicado pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) alerta para a propagação de doenças animais infecciosas a novas regiões, muitas delas com potencial zoonótico.

Quase metade das doenças listadas pela OMSA e notificadas entre 2005 e 2023 são consideradas uma ameaça para a saúde humana, com potencial zoonótico.

Uma das conclusões mais relevantes é o aumento dos surtos de gripe aviária em mamíferos de 459, em 2023, para 1 022, em 2024, afectando 55 países. Esta expansão aumenta o risco de adaptação do vírus para transmissão entre mamíferos e, eventualmente, para os seres humanos. Além disso, foi identificada a reemergência da peste dos pequenos ruminantes na Europa e a chegada da Peste Suína Africana ao Sri Lanka, a mais de 1 800 km do foco mais próximo.

O relatório cita as alterações climáticas e o aumento do comércio como factores que influenciam a propagação e a prevalência das doenças animais. Muitas destas doenças podem ser prevenidas através de uma combinação de vacinação, melhorias na higiene e medidas de biossegurança, mas o acesso às vacinas continua a ser desigual a nível mundial. O relatório sublinha igualmente a importância da prevenção para reduzir a utilização de antibióticos e travar o desenvolvimento da resistência aos medicamentos.

Até 2050, prevê-se que a resistência antimicrobiana cause perdas de gado que ameaçarão a segurança alimentar de dois mil milhões de pessoas e gerarão perdas económicas até 100 mil milhões de dólares, se não forem tomadas medidas urgentes.

Os dados mais recentes indicam que a utilização de antimicrobianos, incluindo antibióticos, em animais diminuiu 5 % entre 2020 e 2022, tendo a Europa registado o maior declínio (23 %), seguida de África (20 %). No entanto, um em cada cinco países continua a utilizar antimicrobianos como factores de crescimento, uma prática que é desencorajada pela OMSA.

São destacadas histórias de sucesso, como a vacinação em massa na Turquia contra a Febre Aftosa, a campanha nacional contra a Gripe Aviária em França e a distribuição de vacinas contra a Raiva nas Filipinas.

A OMSA defende o reforço da cooperação internacional, o investimento em serviços veterinários e em tecnologias de diagnóstico avançadas, em conformidade com a abordagem “Uma Só Saúde”.

23 de Maio de 2025/ OMSA
https://www.woah.org/

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