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Refugo de porcas lactantes substituíndo-as por adoptantes: Investir tempo na lactação nas porcas que têm futuro na exploração II

No artigo anterior comentaram-se 2 possibilidades distintas para o refugo de porcas: ao desmame ou depois de ter realizado o controlo com o ecógrafo. A seguir explicaremos uma terceira possibilidade que pode combinar-se com estas 2 opções


No artigo anterior comentaram-se 2 possibilidades distintas para o refugo de porcas: ao destete ou depois de ter realizado o controlo com o ecógrafo. A seguir explicaremos uma terceira possibilidade que pode combinar-se com estas 2 opções.

Opção 3: Refugo de porcas que falham na lactação

As porcas de hoje em dia parem muitos leitões e com frequência é complicado assegurar uma mama produtiva para cada um deles. Uma das chaves para o conseguir é fazer porcas adoptantes. Nestas situações, dispor de um lugar de maternidade livre tem muito valor porque nos oferece a possibilidade de fazer adoptantes atrasando porcas para salas com menos tempo de lactação.

Contudo, se conseguimos atingir o primeiro objectivo de uma exploração (cumprir com o objectivo de partos) não deveriamos dispor de nenhum lugar vazio na maternidade. Sempre haveria o recurso de fazer adoptantes adiantando leitões, mas tem o inconveniente de que se reduz a sua idade ao destete.

Eliminar porcas velhas ou pouco produtivas quando fracassam ao amamentar os seus leitões

Com a finalidade de ajudar a gerar espaço para colocar leitões, uma opção é eliminar, pouco depois de parirem, aquelas porcas que já tinhamos decidido que deveriam ser abatidas neste ciclo e que estão a fracassar na tarefa de amamentar os seus leitões.

Porca velha que vai ser abatida ao desmame e que amamenta poucos leitões. Está a faltar rendimento no seu lugar de maternidade. É preferível mandá-la para abate e alojar uma adoptante jovem no seu lugar com maior capacidade de amamentar.

As porcas que claramente falham são as que ficam sem leite, dispõem de poucas mamas produtivas ou sofrem complicações (demasiado fracas, dificuldade para se levantarem, não comem…). Contudo, também é interessante considerar aquelas que depois de parir não são capazes de amamentar em número elevado de leitões. Estas porcas fazem perder produtividade ao seu lugar de maternidade. É preferível substituí-las imediatamente por uma adoptante com capacidade para desmamar mais leitões.

O número de leitões abaixo do qual consideramos que a porca deve ser refugada, pode ser variável em função da exploração, depende do número de leitões presentes por porca e da necessidade de fazer adoptantes no momento em concreto. Em muitas das explorações actuais, quando uma porca a eliminar está a amamentar menos de 10 leitões, podemos começar a pensar na sua substituição.

Colocar uma adoptante no sítio da porca refugada na maternidade

A porca refugada é abatida imediatamente e no seu lugar coloca-se uma adoptante jovem (inclusive de primeiro parto) com capacidade de amamentar mais leitões.

Esta porca pode ser abatida com aproximadamente uma semana de lactação ou menos, com o qual, o seu último ciclo produtivo será realmente curto (entre 17 e 18 semanas). Isto favorece à melhoria do ritmo produtivo da exploração.

No seu lugar coloca-se uma adoptante de 2 ou inclusive 3 semanas de lactação que seja capaz de amamentar mais de 10 leitões. A esta porca vamos alongar a lactação uma ou duas semanas, com o que neste caso penalizamos o ritmo produtivo. Contudo, sempre que se mantenha uma correcta condição corporal da porca, o facto de alargar lactações resulta benéfico porque se oferece um tempo superior de involução uterina. Desta forma esta porca tenderá a apresentar uma melhor fertilidade e prolificidade no parto seguinte.


Com este sistema de refugo alarga-se a lactação das porcas que têm um futuro na exploração e inclusive pode fazer-se sistematicamente com as que mais o necesitem: as primíparas. A sua involução uterina é mais complicada, pelo que pode ser aconselhável alargar-lhes a lactação, mas prestando atenção para não penalizar excessivamente a sua condição corporal.

Carles Casanovas Granell. Veterinário. Espanha

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