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Métodos de eutanásia para porcos

Considerações acerca da eleição do método de abate: Segurança das pessoas: o método não deve expor os produtores ou seus empregad...
9 Maio 2003
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Considerações acerca da eleição do método de abate:

  • Segurança das pessoas: o método não deve expor os produtores ou seus empregados a riscos desnecessários.
  • Bem estar do porco: o método deve reduzir ao mínimo qualquer dor ao animal.
  • Requisitos práticos e técnicos: deve-se eleger um método que seja de fácil aprendizagem e que possa ser repetível obtendo o mesmo resultado.
  • Custo: deve ser económico.
  • Grau de desagrado para o executor: deve ser eleito um método que não seja desagradável para a pessoa responsável pela tarefa.
  • Limitações: em função da idade do animal uns métodos serão mais apropriados e outros menos (ver quadro).

No quadro seguinte podemos observar a adequação dos métodos de eutanásia em função da idade dos animais:

Lactantes
(< 3 semanas vida)
Desmamados
(> 10 semanas vida)
Crescimento
(< 68 kg)
Engorda
(> 68 kg)
Reprodutores
Dióxido de carbono
sim
sim
pouco prático
pouco prático
pouco prático
Pistola
não
sim
sim
sim
sim
Pistola de bola cativa
não
sim
sim
sim
sim
Electrocução
sim
sim
sim
sim
sim
Sobredose de anestésico
sim
sim
sim
sim
sim
Traumatismo
sim
não
não
não
não

Funcionamento vantagens e desvantagens dos métodos:

Dióxido de carbono (CO2): inicialmente o animal fica anestesiado e posteriormente morre devido a uma paragem respiratória . Trata-se de um método seguro para o pessoal e relativamente barato. A desvantagens principal é que os porcos podem padecer espasmos musculares transitórios antes da morte, provavelmente mais como uma resposta fisiológica depois do início da anestesia do que por um stress emocional. Os espasmos são menos intensos em porcos negativos ao gene do halotano. O CO2 é mais pesado que o ar de forma que ao fabricar um contentor para realizar a eutanásia a válvula de entrada de CO2 deve situar-se na tampa enquanto que esta permite que o ar se escape. Para os leitões pode utilizar-se um balde com as válvulas de entrada e saída colocadas na tampa.

Pistola ou pistola de bola cativa: A sua utilização em animais adultos pode só provocar o seu atordoamento e portanto é recomendável cortar a carótida ou a artéria braquial uma vez o animal esteja atordoado. Ambos os métodos são práticos mas devem ser utilizados por pessoas com experiência já que se deve ter um especial cuidado em relação à segurança das pessoas quando se utilizam armas de fogo. Os animais devem estar imobilizados e se se utiliza uma pistola o animal deve ser colocado no exterior para impedir o ricochete da bala. O executor deve apontar na linha média da testa um dedo por cima dos olhos enquanto que com a pistola de bola cativa esta deve ser colocada firmemente contra ao crâneo de forma firme contra el cráneo dirigida para cima do cérebro 20º.

Electrocução: induz a morte mediante a insensibilização do cérebro seguida de uma fibrilação cardíaca que causa anoxia cerebral. Recomenda-se a realização em dois passos: primeiro deve-se atordoar o animal (se se utiliza atordoamento eléctrico os electrodos devem ser colocados de cada lado da cabeça para que a corrente passe através do cérebro) , em segundo lugar a corrente eléctrica deve redirigir-se para o coração do porco inconsciente para induzir a fibrilação cardíaca. Para porcos com peso de abate devem ser aplicados no mínimo 1,25 A a 300v durante 1 segundo. A maior desvantagem deste método é o risco para as pessoas. Trata-se de um método pouco prático quando aplicado em vários animais já que necessita de muito tempo.

Sobredose de anestésicos: a utilização de barbitúricos e combinações de pentobarbitais deprime o sistema nervoso central causando anestesia profunda que progride em falha respiratória e cardíaca. Os anestésicos devem ser administrados pelo veterinário através de injecção intravenosa.

Traumatismo: é um método económico mas pode ser desagradável para a pessoa que o executa. Trata-se de aplicar um golpe brusco com um objecto contundente na cabeça do animal, sobre o cérebro. O método é eficiente para leitões com menos de 3 semanas de vida. É essencial que o golpe seja aplicado com determinação e rapidez para assegurar uma eutanásia rápida e humana de forma a que o animal não fique só atordoado.

http://www.aasv.org/aasv/euthanasia.pdf

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