Uma vez que penetrem no organismo, persistem no mesmo durante muito tempo graças à sua estabilidade química e à sua fixação ao tecido gordo, onde permanecem armazenadas. Calcula-se que a sua semivida no organismo oscila entre 7 e 11 anos.
O nome químico da dioxina é 2,3,7,8-tetraclorodibenzo-para-dioxina (TCDD). O termo «dioxinas» é utilizado frequentemente para se referir a uma família de compostos relacionados entre si do ponto de vista estrutural e químico, constituída pelas dibenzo-para-dioxinas policloradas (PCDD) e os dibenzofuranos policlorados (PCDF). Sobre essa designação também se incluem alguns bifenilos policlorados (PCB) análogos à dioxina que possuem propriedades tóxicas semelhantes. Foram identificados 419 tipos de compostos relacionados com a dioxina, mas considera-se que só aproximadamente 30 deles possuem uma toxicidade importante, sendo a TCDD a mais tóxica.
Efeitos das dioxinas na saúde humana
A exposição breve do ser humano a altas concentrações de dioxinas pode causar lesões cutâneas, tais como acne clórico e manchas escuras, assim como alterações funcionais hepáticas. A exposição prolongada foi relacionada com alterações imunitárias, do sistema nervoso em desenvolvimento, do sistema endócrino e da função reprodutora. A exposição crónica dos animais ás dioxinas foi causadora de vários tipos de cancro. O Centro Internacional OMS de Investigações sobre o Cancro (CIIC) classificou a TCDD como «carcinogénio humano». Embora não afecte o material genético e haja um nível de exposição abaixo do qual o risco de cancro podería ser insignificante.
Mais de 90% da exposição humana ás dioxinas procede dos alimentos e, fundamentalmente, da carne, dos produtos lácteos, do peixe e do marisco.
OMS. Nota descriptiva N°225. Noviembre de 2007 www.who.int