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Em geral as experiências com as vacinas de PCV2, desde o momento em que apareceram, têm sido muito animadoras.
Começaram a ser experimentadas em explorações com problemas verdadeiramente graves, tendo sido obtidos resultados francamente bons e , mais para a frente, foram experimentadas em sistemas produtivos menos problemáticos.
À medida que o seu uso se foi generalizando, e em alguns casos, começaram a aparecer alguns contratempos e parece que algumas vezes as vacinas deixaram de funcionar.
Terá aparecido uma nova variante de vírus que sabe contornar as vacinas?
Por sorte, as vacinas não deixaram de funcionar, o momento da aplicação é que pode ter que ser afinado.
Problemas com a vacinação
Os principais insucessos são devidos a:
1. Diagnóstico errado. Com euforia provocada pelos bons resultados foi generalizado o sua aplicação, inclusive em casos que não são circoviroses.
2. Problemas com a administração de colostro. Apesar da vacinação das porcas, podem continuar a ser observados problemas em leitões com problemas na administração de colostro, ou em leitões que tenham consumido um colostro pobre em defensas devido a que as porcas foram vacinadas demasiado tarde na gestação.
3. Interferência com anticorpos maternais. Se os leitões forem vacinamos muito cedo, os anticorpos colostrais podem interferir com a vacina, diminuindo a sua eficiência. Esta situação dá-se:
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· Quando se usam vacinas com menor dose que a recomendada.
· Quando são vacinadas porcas e leitões ao mesmo tempo. · Quando se muda a estratégia de protecção, vacinando leitões em vez de porcas. As porcas vacinadas transferem maior número de defesas aos leitões que as não vacinadas. |
4. Coincidência da vacinação com a recirculação de outra doença. A vacinação de animais doentes não deveria ser feita nunca, o problema é que alguma doença pode estar a recircular de forma inaparente. A vacinação de grupos de animais em que recircula o virus da PRRS é particularmente grave.
Todos estes insucessos, excepto o do problema de diagnóstico, podem ser corrigidos adaptando o momento de vacinação às necessidades reais de cada exploração.
Com a possibilidade de fazer perfis serológicos é mais fácil poder decidir vacinar e quando. A vacinação pode ser personalizada à medida da necessidade de cada caso em concreto.
Através do perfil serológico pode ser determinada a presença de anticorpos maternais e se a infecção por PCV2 é precoce ou tardia. No caso de ser precoce será necessário vacinar as porcas para a poder controlar, se é tardia pode ser necessário vacinar leitões.
Figura 1. Através do perfil serológico pode ser avaliada a qualidade da administração de colostro (linha oval vermelha) e o momento em que os níveis de IgM começam a aumentar, sinal de que a doença está a começar a recircular (linha oval verde).
Se os leitões são vacinados, deve-se pensar que para conseguir uma boa imunidade há que fazê-lo com, pelo menos, 3 semanas antes da infecção. No momento da vacinação há que assegurar-se que os animais estão sãos, é particularmente importante descartar que o vírus da PRRS recircula.
Em caso de recirculação haverá que:
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· Adiantar o momento de vacinação se a recirculação é no desmame. |
Figura 2. Apesar de a pré-circulação de PCV2 ser a partir das 9 semanas, não é recomendável vacinar os leitões já que a partir das 4 semanas o PRRS está a recircular.
Até agora apenas se estiveram a combater em batalhas contra PCV2, a aparição da vacina foi uma arma importante que permitiu ganhar muitas, mas agora, com a ajuda do perfil serológico, outra arma muito potente, chegou o momento de pensar em ganhar a guerra.
Como controlar as doenças produzidas por PCV2?
Se forem revistas as doenças vencidas através de planos de vacinação, elas podem ser agrupadas em 5 categorias:
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1. Doeças próprias das porcas que, para serem controladas, as vacinamos. |
À vista desta classificação a pergunta é: onde situar as doenças produzidas por PCV2?
Até agora, a maioria das vezes, a discussão centrava-se entre as opções 2 e 3, mas isso apenas permite ganhar batalhas.
A opção 3, vacinar leitões, está com muita força, sobretudo com a possibilidade de associar numa única aplicação vacinas contra diferentes doenças, o que é uma vantagem importante de maneio.
Mas é muito provável que para ganhar a guerra seja necessário escolher a opção 4, a de vacinar porcas e leitões. A vacinação das porcas permitirá dar mais margem para encontrar um bom momento para vacinar os leitões.
