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Uso de amostras de fluidos orais para o controlo da DESV nas explorações suinícolas

Os fluidos orais podem ser utilizados para detectar com precisão a presença e a circulação do DESV nas explorações suinícolas.

1 Abril 2014
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Recentemente, o uso de amostras de fluidos orais mostrou ser uma ferramenta rentável na vigilância de numerosos agentes patogénicos, em particular do PRRSV e SIV. O objectivo do presente estudo foi avaliar a utilidade da recolha de amostras de fluidos orais e o sua posterior análise no controlo da disseminação do vírus da Diarreia Epidémica Suína (DES) em comparação com as amostras de fezes em condições experimentais.

Para isso, um total de 96 leitões de 4 semanas de idade sem exposição prévia ao DESV e com anticorpos negativos para os vírus TGE e PRRS foram colocados aleatoriamente ao grupo controlo (n = 40) ou desafio (n = 56). Os porcos no grupo desafiado, distribuídos aleatoriamente em 4 parques, foram inoculados via oral com 1 ml do isolado US/Iowa/18984/2013 do DESV (4,1x103 PFU/ml) enquanto que os porcos controlo, alojados em dois parques, foram inoculados com 1 ml de meio de cultivo celular. Recolheram-se zaragatoas fecais individuais e amostras de fluidos oraos por parque de 24 em 24 horas durante a primeira semana e duas vezes por semana a partir de então e durante 56 dias após a inoculação (DPI) com necropsias periódicas. Periodicamente também se recolheram amostras de soro. As amostras de fluidos orais e zaragatoas fecais foram analisados para a presença de ácidos nucleicos do DESV utilizando uma RT-PCR em tempo real.

Os porcos inoculados desenvolveram diarreia clínica entre os dias 3-5 DPI, que diminui ao 10 DPI. As lesões macroscópicas e microscópicas e a tinção positiva IHC para DESV nos tecidos intestinais evidenciaram a presença de infecção viral. De acordo com os resultados da PCR em ambos fluidos orais e zaragatoas fecais, a propagação viral começou no dia 1 e atingiu o seu ponto máximo durante os dias 3-4 DPI. Se bem que não se tenha observado sinais clínicos de infecção pelo vírus após 10 DPI, o ácido nucleico viral continuou a ser detectado a níveis próximos do limite de detecção nos fluidos orais e as zaragatoas fecais entre o 10 e 35 DPI. A partir de 14-17 DPI detectou-se um ligeiro aumento da excreção do vírus nos fluidos orais, ainda que este aumento não tenha sido visto como uma tendência geral nas zaragatoas fecais.

Dos resultados obtidos surpreende descobrir que a eliminação do vírus se prolongou durante cerca de 30 dias depois de que os sintomas clínicos de infecção por DESV tivessem terminado. Esta informação é de vital importância para os produtores que movimentem animais clínicamente normais entre explorações previamente positivas para DESV.

Os resultados da PCR em ambos tipos de amostras, zaragatoas fecais e amostras orais, nos grupos desafiados, mostraram uma boa correlação tanto na duração da excreção viral como na quantificação da excreção do vírus no tempo. Portanto, os fluidos orais podem ser utilizados para detectar com precisão a presença e a circulação do DESV nas explorações suinícolas. Se bem que os fluidos orais não dêem informação comparativa entre os indivíduos de uma exploração, este tipo de amostra pode detectar com precisão a presença do DESV para a vigilância da saúde da exploração.

Leslie Bower, Darin Madson, Hai Hoang, Dong Sun, Luis Gimenez-Lirola, Drew Magstadt, Paulo Arruda, Bailey Wilberts, Kyoungjin Yoon. Utility of oral fluid sampling and testing for monitoring PEDV in herds. 2014 AASV Annual Meeting.

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