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Efeitos da temperatura ambiente na utilização de E e N em porcos expostos a LPS

Os resultados do estudo confirmam que as elevadas temperaturas ambientais reduzem o consumo de alimento, o crescimento e a produção total de calor.

7 Dezembro 2014
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É sabido que as elevadas temperaturas ambientais afectam o consumo de alimento, crescimento e utilização de nutrientes em porcos. No entanto, desconhecem-se os seus efeitos sobre a função imunitária e, portanto, sobre se podem modular a utilização dos nutrientes nos porcos expostos a um desafio inflamatório.

É por isso que o seguinte estudo teve como objectivo avaliar os efeitos de uma elevada temperatura ambiental no uso da energia e o azoto em porcos expostos a lipopolissacáridos de Escherichia coli (LPS). Um total de 28 porcas sondadas e alojadas em pares (55 kg de peso corporal) foram distribuídas por uma de duas condições térmicas: termoneutralidade (TN, 24 °C) ou temperatura ambiente alta (HT, 30 °C). Os animais tiveram um periodo de adaptação de 2 semanas nas salas com clima controlado e depois foram transferidos por câmaras de respiração de circuito aberto onde foram alojados durante 18 dias, divididos num periodo de 7 dias sem LPS e um periodo de 11 dias após a administração de LPS (periodo LPS).

A interacção entre a temperatura ambiente e o periodo não foi significativa para a maioria das características estudadas. Ao início do estudo, as porcas alojadas sob HT tinham uma IMD (1.500 vs 2.003 g/d; p <0,01) e GMD (449 vs 684 g/d; p = 0,01) inferiores, enquanto que a digestibilidade dos nutrientes foi similar em comparação com as que foram alojadas sob TN. As porcas mantidas a HT também consumiram menos EM (1651 vs. 2170 kJ·kgBW-0,60 ·d-1, p = 0,01), produziram menos calor (1.146 vs. 1.365 kJ·kgBW-0.60 ·d-1, P <0,01) e retiveram menor proteína e gordura (-61 y -57 g/d, respectivamente; P <0,01 y P = 0,01) em comparação com as TN. A injecção com LPS reduziu a ingesta de azoto (-13,7 y -7,4 g/d) e EM (-594 y -335 kJ·kgBW-0.60 ·d-1) sob as condições TN e HT, respectivamente, enquanto que a digestibilidade fecal dos nutrientes não foi afectada pelos LPS. Durante o periodo LPS, a produção total de calor (HP) foi reduzida (P <0,01) em ambos os grupos TN e HT (-190 y -104 kJ·kg BW-0,60 · d-1, respectivamente). A injecção com LPS induziu uma redução na deposição de proteína (P <0,01) e gordura (P = 0,01) nos animais mantidos sob TN (-79 y -73 g/d, respectivamente) e HT (-41 y -44 g/d, respectivamente).

Os resultados do estudo confirmam que as elevadas temperaturas ambientais reduzem o consumo de alimento, o crescimento e a produção total de calor e, além disso, evidenciam que, independentemente da condição térmica, a exposição a LPS afecta a utilização de energia através das alterações nas ingestas e necessidades de manutenção de EM.

P. H. R. F. Campos, E. Labussière, J. Hernández-García, S. Dubois, D. Renaudeau, and J. Noblet. Effects of ambient temperature on energy and nitrogen utilization in lipopolysaccharide-challenged growing pigs. J ANIM SCI November 2014 92:4909-4920; doi:10.2527/jas.2014-8108

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