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Efeito das práticas de produção e factores ambientais sobre os contaminantes do ar

O objectivo deste estudo é caracterizar a concentração de contaminantes do ar e a variabilidade associada às diferentes práticas de produção.

21 Junho 2015
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Os funcionários da indústria suína encontram-se expostos frequentemente a riscos respiratórios, incluindo partículas orgânicas, bio-aerossóis, gases e endotoxinas. O objectivo deste estudo é caracterizar a concentração de contaminantes do ar e a variabilidade associada às diferentes práticas de produção.

Foram medidas as concentrações de contaminantes do ar uma vez por mês durante um ano em instalações com sistemas de alojamento em paralelo para gestação/maternidade (jaulas e currais de gestação) e em instalações de engorda, que utilizavam sistemas de fornecimento de alimento seco e líquido. As medições foram realizadas em dias com e sem movimento de animais. Foram medidas as concentrações médias ponderadas no tempo das endotoxinas e partículas respiráveis em localizações fixas. As concentrações de partículas respiráveis, sulfato de hidrogénio (H2S), amoníaco (NH3) e dióxido de carbono (CO2) e a temperatura e humidade relativa foram medidos com instrumentos de leitura directa para avaliar a variabilidade temporal e espacial. Foram comparadas as concentrações médias e pico dos contaminantes e a sua distribuição espacial em função do tipo de sistema produtivo.

De forma individual, os contaminantes estiveram em grande parte abaixo do limite de exposição ocupacional. A exposição a sulfato de hidrogénio excedeu o limite (2.11 vs. 1.0 ppm) por um dia devido à lavagem à pressão. Este episódio incluiu uma oscilação acima do limite de exposição a curto prazo (5.19 vs. 5 ppm). Ainda que as concentrações dos contaminantes de forma individual tenham sido rara vez superiores à metade do limite de exposição ocupacional, as concentrações para múltiplos contaminantes aproximaram-se ao limite calculado para misturas nos meses de Inverno, quando a ventilação diminui. As diferenças nas concentrações entre as jaulas e os currais de gestação eram pequenas, sendo ligeiramente superiores nos currais. Os níveis de endotoxinas aumentaram nos dias em que houve movimento de animais. As zonas com alimentação em seco apresentaram maiores concentrações de endotoxinas e sulfato de hidrogénio. A ventilação nas instalações diminuiu nos meses de Inverno, causando um aumento significativo da exposição a todos os contaminantes. Nos meses de Verão, a temperatura diária média nos pavilhões excedeu, em alguns dias, os 30ºC, causando possivelmente um risco de stress pelo calor.

As concentrações dos contaminantes do ar não diferem substancialmente entre o alojamento em jaulas ou currais de gestação. O uso de um sistema de fornecimento de alimento líquido reduziu a exposição a alguns contaminantes. As taxas de ventilação mais baixas pelo frio causaram concentrações significativamente mais altas, sugerindo que a continuação da exposição durante o Inverno é crítica para a vigilância da saúde ocupacional. A exposição ao calor nos meses de Verão pode pôr em risco de stress por calor os funcionários. O efeito desta exposição nos funcionários ou nos animais não foi descrito.

DS Murphy, PC Raynor, S Engelman, G Ramachandran, JB Bender, BH Alexander. Effects of production practices and environmental factors on air contaminants in swine facilities. 2014 Allen D. Leman Swine Conference.

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