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Efeito da transferência de plasma na sobrevivência de leitões com baixo peso ao nascimento

Nas condições deste estudo, a transferência de plasma, por si só, não melhora a sobrevivência dos leitões com baixo peso ao nascimento.

10 Maio 2015
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O presente estudo foi realizado para determinar se a transferência de plasma poderia ser utilizada de maneira eficiente em explorações comerciais como estratégia para melhorar a saúde geral de leitões com baixo peso ao nascimento (BPN) e reduzir a mortalidade.

Um total de 612 leitões (peso corporal entre 0,8 e 1,3 kg) de 212 mães (Large White × Landrace) foram distribuídos aleatoriamente, em igual número, a um grupo controlo e dois grupos de tratamento. No dia 0 corresponde ao dia de nascimento e o dia 1 ao primeiro dia de tratamento. Os leitões dos grupos de tratamento receberam duas doses de plasma (10 ml em duas vezes, nos dias 1 e 3) ou uma dose de plasma (10 ml numa vez, no dia 1) mediante injecções intramusculares em quatro pontos do pescoço e patas traseiras, ou seja, 2,5 ml por injecção. Nos dias 1 e 3, os leitões controlo receberam as mesmas injecções intramusculares que os porcos tratamento mas com 10 ml de solução de Hartmann (também conhecida como lactato de sódio composto e similar à solução de Ringer lactato). Os leitões foram examinados fisicamente para avaliar o seu estado e pesados nos dias 7, 14, e 21. Nos dias 0, 2 e 6 foram recolhidas amostras de sangue dos leitões e realizados testes ELISA para a detecção de IgG suína no soro.

A adopção é uma prática habitual nas explorações australianas de porcos para ajudar a manejar ninhadas de grande tamanho; portanto, durante o estudo foram feitas adopções de acordo com a prática habitual na exploração. Durante o estudo, um total de 68 porcas adoptaram leitões. Nem todos os leitões atribuídos a estas porcas fizeram parte do estudo. Os leitões foram submetidos a adopção entre as 6 a 24 horas depois do nascimento.

O plasma administrado neste estudo, obtido de porcas doadoras Large White x Landrace da mesma exploração, quando é processado, tem uma perda estimada de 30% de inmunoglobulinas totais. No dia 2 a concentração de IgG no soro dos leitões estava entre 17,1 e 21,6 mg por ml e foi diminuindo lentamente chegando, no dia 6 aos 14,1-18,4 mg por ml, tanto nos grupos de tratamento como no grupo controlo. As concentrações de IgG no soro não diferiram significativamente entre os dois grupos de tratamento e o grupo controlo. Do mesmo modo, não houve diferença estatisticamente significativa no ganho de peso entre os dois grupos de tratamento e o grupo controlo (GMD: 163,5 g no grupo que recebeu uma dose de plasma, 164,0 g no grupo que recebeu duas doses de plasma e ​​163,9 g no grupo de controlo).

A mãe teve influência nas concentrações de IgG no soro do leitão em todos os momentos da amostragem. Os leitões procedentes de sete das mães tinham concentrações significativamente mais altas de IgG que os demais (P<0,05). A maior mortalidade nos leitões foi observada naqueles que receberam duas doses de plasma, com a maioria das mortes durante os dias 0, 1 e 2. No dia 21, 32,5% dos leitões que receberam duas doses de plasma, 26,6% dos que receberam uma dose de plasma ​​e 26,5% do grupo controlo tinham morrido.

Os resultados deste estudo mostraram que a administração de plasma suíno não afectou de maneira significativa o ganho de peso dos leitões com BPN ou a sua sobrevivência. Os leitões que eram mais pesados ​​ao nascimento eram mais robustos e mostraram melhor crescimento que os leitões com BPN. A mãe foi um factor importante na determinação das concentrações de IgG no soro dos leitões. Como a IgG é a imunoglobulina predominante no colostro, a quantidade de IgG ingerida pelos leitões depende da quantidade ou qualidade do colostro obtido a partir da mãe dentro das 24 horas pós-parto, importante para proporcionar imunidade frente a infecções comuns.

Woon SY, Barton MD, Vanniasinkam T. Effect of plasma transfer on survival rates of low-birth-weight neonatal piglets. J Swine Health Prod. 2014;22(4):197–200.

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