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Doença Vesicular em leitões infectados experimentalmente com Senecavírus

A Doença Vesicular foi induzida experimentalmente em porcos das baterias inoculados com o SVA, demonstrando pela primeira vez uma relação causal entre a infecção por SVA e a doença.

9 Setembro 2016
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O Senecavirus A (SVA), um picornavirus, tem sido associado com frequência com casos Doença Vesicular Idiopática (IVD) em porcos nos E.U.A. e no Canadá desde 1988. Em 2014 e 2015 houve um aumento dos casos de IVD no Brasil e Estados Unidos, respectivamente e o SVA foi identificado em amostras de soro, líquido vesicular e vesículas rotas recolhidas de porcos afectados. Possivelmente, o SVA terá sido a causa destas recentes epidemias, no entanto ainda não foram cumpridos os postulados de Koch para esta doença.

Durante a presente investigação, porcos com 9 semanas de idade (n=29) receberam uma inoculação intranasal do isolado SVA15-41901SD (5x107 pfu/porco, dia 0). Doze porcos foram tratados com uma dose imuno-supressora de dexametasona (Dex-SVA) durante 5 dias antes da exposição. Foram recolhidas amostras de soro e zaragatoas a intervalos regulares, que foram analisados mediante PCR, SVA-anticorpos (soro) e isolamento do vírus. Nos dias 2, 4, 6, 8 e 10 dpi foi seleccionado, à sorte, um porco SVA que foi abatido e submetido a necrópsia.

Aos 5 dias pós-inoculação, 24 dos 27 porcos infectados apresentaram lesões vesiculares intactas ou rotas nas bandas coronárias dos dedos dos pés assim como en espolones e/ou fenda interdigital de um ou mais pés sem causar coxeira severa. Um subconjunto dos animais desenvolveu erosões no lábio inferior e focinho (depois dos 10 dpi). Os porcos Dex-SVA desenvolveram lesões vesiculares ligeiramente maiores que os porcos não tratados e foram observadas por volta de 1 dia antes. Aos 3 dpi o SVA foi detectado no soro de cada porco por PCR e em todas as amostras de zaragatoas recolhidas de lesões vesiculares aos 5 dpi independentemente do tratamento com DEX. Aos 15 dpi todos os porcos se tinham sero-convertido para SVA segundo os resultados do teste de imunofluorescência indirecta. O SVA também se isolou do fluído vesicular.

A Doença Vesicular foi induzida experimentalmente em porcos das baterias inoculados com o SVA, demonstrando pela primeira vez uma relação causal entre a infecção por SVA e a doença. Isto é importante já que a doença por SVA é clinicamente indistinguível da Febre Aftosa, induzida por um picornavirus altamente transmissível que pode causar perdas económicas devastadoras para a indústria agrícola. Portanto, uma melhor compreensão da patogénese do SVA e a resposta do hóspede à infecção pode ajudar no desenvolvimento de medidas de prevenção e controlo e à diferenciação deste vírus de outras doenças vesiculares.

A N. Montiel, A. Buckley, B. Guo, V. Kulshreshtha, A. van Geelen, H. Hoang, C. Rademacher, K.-J. Yoon, K. Lager. Vesicular Disease in 9-week-old Pigs Experimentally Infected with Senecavirus. IPVS 2016.

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