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Que se passou na República Dominicana desde a declaração oficial de PSA?

A doença já foi confirmada em 25 das 32 Províncias, que correspondem às maiores zonas de produção.

17 Setembro 2021
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No passado dia 31 de Agosto, a 333 Latam realizou um evento com a finalidade de dar a conhecer a situação real e o que se está a fazer para conter a doença neste país. O evento contou com a participação de Israel Brito, Presidente da Federação Dominicana de Suinicultores (FEDEPORC), e de Pedro Lora, consultor em suinicultura na República Dominicana.

Ambos os participantes referiram que a situação actual é muito delicada, devido a que 98% do efectivo suinícola está comprometido epidemiologicamente já que se encontra em 25 das 32 Províncias do país. Além disso, ainda que oficialmente sé se tenham reportado 34 casos que estão georreferenciados, extra-oficialmente fala-se de, pelo menos, 100 casos.

Devido à República Dominicana partilhar o seu território com o Haiti, o controlo da doença torna-se muito difícil pois acredita-se que a doença possa ter tido origem no país vizinho, segundo informação oficiosa, visto que no final do ano passado morreram no Haiti uma quantidade significativa de porcos o que provocou que em meados de 2020 se tenha havido uma grande afluência de haitianos que compraram animais para fazerem reposição. Por outro lado, Pedro Lora afirma que 78% da suinicultura está num raio de 150 km, o quetorna a situação muito complexa devido às curtas distâncias entre explorações e à dificuldade de controlar a movimentação de animais. Até ao momento foram abatidos 60000 porcos de explorações tecnificadas e caseiras e também foram afectadas explorações de tamanho considerável, algumas com até 500 porcas reprodutoras.

Outro dos temas abordados foi relativo aos planos para controlar a doença. Neste sentido, o que se está a levar a cabo, neste momento, consiste em abater os animais afectados e também os que se encontrem a 3 km em redor do perifoco, isto vem sendo feito através do uso de choque eléctrico e enterramento e estão-se a colocar áreas de desinfecção nas principais vias de entrada nas Províncias. Ainda assim, foram reportados casos no extremo oeste e no sul do País. Isto associa-se a que a estirpe do vírus identificado é a estirpe silvestre Georgia 2007, genotipo 2 de baixa patogenicidade, o que gera que se possam comercializar porcos afectados sem aparentes sinais clínicos e contribui para a disseminação da doença. Além disso, Pedro Lora também referiu que se prevê criar uma zona de 15 km dentro da fronteira com o Haiti, na qual não se permitirá a detenção de animais de produção de forma a diminuir o risco que representa este país sanitariamente falando.

Deste modo, se definitivamente o plano anterior não der resultado, foi referido que os produtores estão a considerar a erradicação total da população de suínos, não obstante, isto necessitaria uma forte intervenção por parte do Governo para reconhecer o valor comercial do efectivo total de animais. Em todo o caso, os entrevistados fazem ênfase em que o controlo é difícil dada a situação actual do Haiti, que está e enfrentar uma crise social, política e económica que não lhe permite fazer acções a nível sanitário e que limita a disponibilidade de informação oficial referente à doença.

Para concluir, se for necessário acabar com a população de suínos como indica Israel Brito, a República Dominicana terá que depender da importação de carne de porco proveniente dos Estados Unidos, o que alteraria a posição de auto-abastecimento que o país tem mantido já que produz 73 % da carne de porco que consome.

10 de Setembro de 2021/ Redacção 333.

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