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OIE: medidas urgentes para prevenir resistência antimicrobiana

As Nações Unidas, organizações internacionais e um grupo de especialistas divulgaram hoje um relatório revelador que exige acções imediatas, coordenadas e em larga escala para evitar uma crise de resistência aos medicamentos que poderia ter consequências potencialmente desastrosas.

9 Maio 2019
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Se não forem tomadas medidas -adverte o Grupo especial de coordinação interinstitucional sobre a resistência aos antimicrobianos das Nações Unidas (IACG, pelas suas siglas em inglês), responsável pela publicação do relatório - as doenças resistentes aos medicamentos poderão causar 10 milhões de moretes anuais para 2050 e prejudicar a economia de forma tão grave como aconteceu com a crise financeira mundial de 2008-2009. Para 2030, a resistência aos antimicrobianos poderá vir a afectar até 24 milhões de pessoas em pobreza extrema.

Actualmente, pelo menos 700.000 pessoas morrem por ano devido a doenças resistentes a drogas, incluindo 230.000 que morrem de tuberculose multirresistente. Doenças cada vez mais comuns - como infecções do tracto respiratório, infecções sexualmente transmissíveis e infecções do tracto urinário - são intratáveis. Intervenções médicas que salvam vidas estão a tornar-se mais inseguras e os nossos sistemas alimentares estão cada vez mais precários.

O mundo já está a sofrer as consequências económicas e sanitárias da ineficácia dos medicamentos essenciais. Se os países não investirem a todos os níveis, as gerações futuras enfrentarão os efeitos desastrosos da resistência descontrolada aos antimicrobianos.

Reconhecendo que a saúde humana, animal, ambiental e a salubridade dos alimentos estão intimamente inter-relacionadas, o relatório apela para uma abordagem coordenada e multissetorial de "Uma Saúde".

Por isso, recomenda aos países:

  • priorizar os planos de acção nacionais para ampliar o financiamento e as actividades de creação de capacidade;
  • estabelecer sistemas regulatórios mais sólidos e apoiar programas de sensibilização para o uso responsável e prudente dos antimicrobianos por parte dos profissionais de saúde humana, animal e vegetal;
  • investir em investigação e desenvolvimento de novas tecnologias para combater a resistência aos antimicrobianos;
  • abandonar urgentemente o uso de antimicrobianos de importância essencial como promotores de crescimento na agricultura.

O documento destaca a necessidade de esforços coordenados e intensivos para superar a resistência antimicrobiana, sendo um grande obstáculo para a realização de muitos dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, incluindo cobertura universal de saúde, segurança alimentar e inoquidade, sistemas agrícolas sustentáveis e água potável e saneamento.

pdfRelatório IACG (Espanhol)

Segunda-feira, 29 de Abril de 2019/ OIE.
http://www.oie.int

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