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EMA - EFSA: Opinião conjunta sobre as medidas da UE para reduzir o uso de antimicrobianos em animais

Reduzir o uso de antimicrobianos em animais produtores de alimentos, substituí-los quando seja possível e repensar o sistema de produção pecuária é essencial para o futuro da saúde pública e animal.

31 Janeiro 2017
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A resistência antimicrobiana (AMR) é um dos problemas de saúde pública mais urgentes e o uso de antimicrobianos em animais contribui para este problema, pelo que é crucial minimizar ao máximo o seu uso para tratar doenças infecciosas nos animais.

Peritos da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) reviram as medidas adoptadas na União Europeia (UE) para reduzir o uso de antimicrobianos em animales e sublinham que não existe uma solução única. As estratégias que têm êxito seguem um enfoque integrado e multifacético que tem em conta o sistema de produção pecuaria local e envolve todos os actores relevantes, desde os Governos até aos Agricultores.

Medidas



As estrategias de controlo que foram importantes impulsionadores das alterações incluem a fixação de objectivos nacionais para reduzir o uso de antimicrobianos.

O uso de antimicrobianos em animais deve-se reduzir ao mínimo necessário para o tratamento de doenças infecciosas. Salvo em casos excepcionais, o seu uso para prevenir tais doenças deverá ser eliminado a favor de medidas alternativas.

Os antimicrobianos de importância vital para a medicina humana só se devem utilizar em animais em último recurso.

As alternativas aos antimicrobianos que se demostraram que melhoram a saúde animal e, portanto reduzem a necessidade de utilizar antimicrobianos, incluem o uso de vacinas, probióticos, prebióticos, bacteriófagos e ácidos orgânicos.

Contudo, não é suficiente reduzir o uso de antimicrobianos e encontrar alternativas. É necessário repensar o sistema pecuário mediante a aplicação de práticas agrícolas que impeçam a introdução e propagação das doenças nas explorações e mediante a consideração de sistemas agrícolas alternativos viáveis com um uso reduzido de antimicrobianos. A educação e a sensibilização sobre a RAM devem ser dirigidos a todos os níveis da sociedade, mas em particular aos veterinários e produtores pecuários.

Qual é o impacto em animais e alimentos?



Os peritos concluiram que é razoável assumir que a redução do uso de antimicrobianos em animais produtores de alimentos resultará numa diminuição geral da resistência aos antimicrobianos nas bactérias que transportam e nos produtos alimentícios seus derivados. Contudo, não puderam quantificar o impacto de medidas de redução únicas ou alternativas aos antimicrobianos nos níveis de resistência aos antimicrobianos nos animais produtores de alimentos e nos alimentos devido à falta de dados.

Próximos passos



Em Fevereiro de 2017, a EFSA e o Centro Europeu para a Prevenção e o Controlo das Doenças (ECDC) publicarão o seu relatório anual sobre os níveis de resistência aos antimicrobianos nos alimentos, animais e seres humanos em toda a UE.

A EFSA, a EMA e o ECDC também estão a trabalhar num relatório que avalia o vínculo entre o consumo de antimicrobianos e o desenvolvimento de resistência em bactérias encontradas em animais e seres humanos - que se publicará em finais de Julho de 2017. Em finais de 2017, os três organismos proporão uma lista de indicadores que permitam, aos gestores de risco, vigiar a redução da resistência aos antimicrobianos e o uso de antimicrobianos nos seres humanos, nos animais produtores de alimentos e nos alimentos.

Terça-Feira, 24 de Janeiro de 2017/ EMA/ União Europeia.
http://www.ema.europa.eu

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