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Brasil: Preço record do suíno no mercado interno e exportações até setembro já superam o total de 2019

No acumulado destes 9 meses, o Brasil já atingiu o record histórico anual de exportações, com quase 20 mil toneladas a mais que todo o volume exportado no ano passado

13 Novembro 2020
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Embora tenha havido uma redução das exportações de carne suína em Setembro em relação aos meses anteriores, com 76054 toneladas de carne exportadas, no acumulado destes 9 meses o Brasil já atingiu o record histórico anual de exportações, com quase 20 mil toneladas a mais que todo o volume exportado no ano passado (657 mil toneladas). As projecções indicam que, até o final do ano, o Brasil irá exportar mais de 900 mil toneladas. Sem dúvida, este record de exportações tem contribuído muito para manter o preço do suíno vivo e das carcaças em patamares elevados. A produção também aumentou significativamente, conforme já apontou o IBGE no primeiro semestre do ano, o mercado interno está com a procura forte e espera-se, no mínimo, a manutenção do consumo per capita brasileiro este ano.

Um ponto de atenção no mercado interno é a redução do auxílio de emergência de 600 para 300 reais que deve afectar o consumo de alimentos em geral, porém, como no quarto trimestre as indústrias e a distribuição tradicionalmente aumentam a stocagem de carnes preparando as vendas de final de ano, pode ser que até à passagem de ano não se note redução da procura e não ocorra descida dos preços das carnes, pelo contrário, nas últimas semanas o preço do suíno tem subido, com a oferta evidentemente reduzida em relação à procura. Além disso, a produção do boi gordo de pasto só deve arrancar no início do ano que vem, com certo atraso em relação a anos anteriores em função do atraso das chuvas no centro-sul do Brasil.

Se o preço de venda do suíno bate recordes históricos no Brasil, não é diferente com os principais factores de produção: milho e bagaço de soja. O custo de produção não pára de subir. O levantamento realizado pela EMBRAPA- suínos e aves, indicam subida no custo de produção em mais de 42% no Estado do Paraná, por exemplo, sendo que no factor alimentação dos animais a subida foi de mais de 60% em Setembro de 2020, quando comparado com Setembro de 2019.

Assim como nas carnes, o REAL desvalorizado, o aumento da procura chinesa e a reduzida disponibilidade de produto no mercado doméstico, seja por escassez de produto no caso da soja ou por falta de oferta no caso do milho, além do atraso na sementeira da campanha 2020/21, têm determinado uma “tempestade perfeita”, levando o milho e a soja a uma escalada de subida duradoura e extremamente preocupante.

28 de Outubro de 2020 / ABCS / Brasil.
abcs.org.br

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