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A FAO pede adaptação dos países à volatilidade dos preços alimentares

Ministros de 30 países reunem-se para debater os altos e baixos dos preços mundiais.

15 Outubro 2013
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Os problemas dos preços mundiais dos alimentos não terminaram, apesar do momento actual de acalmia que vivem os mercados, assegurou o Director Geral da FAO, José Graziano da Silva, ao intervir no passado dia 7 na reunião ministerial sobre os preços internacionais dos alimentos na presença de uma trintena de ministros da Agricultura.

O Director Geral admitiu que a reunião deste ano se leva a cabo num contexto menos preocupante que o primeiro encontro de Outubro de 2012, quando os ministros se reuniram para responder à terceira subida nos preços internacionais dos cereais que se acontecia em cinco anos.

"Finalmente, as perspectivas para os mercados internacionais dos alimentos básicos parecem mais tranquilas este ano", dise Graziano da Silva. "A produção de cereais – acrescentou - recuperou-se e um maior rácio entre reservas e utilização deveria trazer mais estabilidade aos preços. O índice da FAO para os preços dos cereais é 20% mais baixo que há um ano".

Contudo, ainda que os preços se tenham estabilizado, o Director Geral advertiu que não há que baixar a guarda.

"Os preços internacionais baixaram, mas todavia estão acima dos seus níveis históricos. E espera-se que os preços continuem sendo voláteis nos próximos anos", recordou.

Soluções duradouras

Graziano da Silva sublinhou também que, enquanto os preços baixos dos alimentos são um alivio para os consumidores pobres, os preços mais altos não são necessariamente más notícias, pois chegam após três décadas de estancamento que afectaram negativamente o sector agrícola em muitos países pobres.

O responsável da FAO instou os países a aproveitar este momento de relativa calma para se prepararem para turbulências futuras do mercado e encontrar soluções duradouras para os problemas relacionados com a volatilidade dos preços dos alimentos.

"Se os preços altos e voláteis – disse - chegaram para ficar, teremos que nos adaptar".

Explicou que as daus questões fundamentais para os países são a maneira de ajudar os pequenos camponeses pobres a beneficiarem da subida dos preços alimentares e a forma de proteger as famílias de ingressos baixos que sofrem como consequência disso.

"A situação actual oferece uma oportunidade para que os agricultores reinvistam na agricultura", continuou Graziano da Silva, pedindo que se elabore um conjunto de políticas que assegurem aos pequenos agricultores os meios para tirar vantagem desta situação.

Protecção social

As famílias com baixos ingressos, pelo seu lado, devem ser protegidas fortalecendo os programas de protecção social, incluidas as transferências em dinheiro para os lares extremamente pobres, e criando novas formas de vincular a protecção social e o apoio à produção agrícola, segundo o Director Geral.

"Países de todo o mundo estão a ter um grande êxito ao utilizar esta combinação de protecção social e apoio produtivo para combater a fome e a pobreza", explicou.

Governança mundial

Para Graziano da Silva, a melhoria da governança mundial teve um papel importante para evitar picos adicionais nos preços dos alimentos desde Julho de 2012.

Assinalou em particular o Sistema de Informação sobre Mercados Agrícolas (AMIS, nas suas siglas em inglês) iniciado pelo G20 em 2011, e que demostrou ser uma nova e eficaz ferramenta para lutar contra a excessiva volatilidade dos preços, fornecendo informação fiável e aumentando a transparência no mercado internacional de alimentos.

A reunião ministerial sobre os preços internacionais dos alimentos coincidiu com a abertura do período de sessões do Comité de Segurança Alimentar Mundial, que se decorreu até ao dia 11 de Outubro na sede da FAO.

Segunda-Feira, 7 de Outubro de 2013/ FAO.
http://www.fao.org

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