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Sindroma do fracasso do desenvolvimento pós-desmame (Periweaning Failure to Thrive Syndrome, PFTS)

O primeiro caso de Sindroma do fracasso do desenvolvimento pós-desmame (PFTS, pelas siglas em inglês) descrito no Canadá foi produzido numa exploração de ciclo fechado de...


O primeiro caso de síndrome do fracasso do desenvolvimento pós-desmame (PFTS, pelas siglas em inglês) descrito no Canadá foi produzido numa exploração de ciclo fechado de 100 mães. A mortalidade dos leitões recém desmamados passou de 2% para 7%.

Embora os leitões fossem robustos e aparentemente sãos ao desmame, após 1-2 semanas os afectados mostravam letargia, anorexia, perda de peso e ficavam peludos. Às 3-4 semanas os leitões estavam emaciados e a maioria eram eutanasiados. Muitos apresentaram diarreias durante um curto periodo de tempo, ainda que não tenha sido consistente. Antes da anorexia os leitões tinham um tamanho normal. Através de um seguimento por vídeo foi observado que os leitões afectados comiam, mas muito lentamente, o que sugere uma perda de apetite, mais que uma incapacidade para comer. Não foi observada regurgitação.

O sintoma mais característico observado nas explorações afectadas por PFTS, é uma estereotipia oral (mastigar e lamber), junto com um comportamento de investigação excessivo (fussar, rascar com as patas) ao transferir os animais afectados para ambientes novos. Esta mudança de comportamento é produzida numa pequena porção dos leitões, mas é muito significativa e evidente.

O Dr. S Henry propõe 4 fases para o PFTS: "Activa", "Oral", "Letárgica" e "Terminal". Após a fase oral, os animais ficam de pé, com a cabeça inclinada e quase não se movem. Já perderam muita condição corporal nesta fase. Ao chegar a esta fase já ultrapassaram o ponto de retorno e é o momento de eutanasiar o animal.

Foram tentadas muitas intervenções, dieta, ventilação, sanidade, programas de vacinação, mas a maioria foram ineficazes. A única excepção foi o uso de cal hidratada como agente secante nas salas de parto e maternidade durante o vazio sanitário. As observações de campo sugerem que é parcialmente eficiente para prevenir a mortalidade por PFTS durante um periodo de tempo posterior à secagem. Trata-se de uma medida pouco prática e pouco compatível com as medidas de segurança para os trabalhadores, mas a constatação serve para orientar a causa para uma possível origem infecciosa.

Nas necropsias foi descartada a presença de PRRS, PCV2, SIV, TEG, rotavirus, virus da encefalomielite hemaglutinante (HEV), citomegalovirus suino, Clostridium perfringens, E. Coli patogénico, B hyodysenteriae e pilosicoli, Bordetella spp., Streptococcus spp., H parasuis, P multocida e coccidiose. É necessária mais investigação para determinar o rol potencial de Calicivirus entérico. As principais lesões encontradas foram: gastrite fúndica linfocítica superficial, enterite atrófica, colite superficial, atrofia do timo e rinite activa crónica. Como algumas destas lesões podem desenvolver-se após periodos de anorexia pós-desmame, é difícil saber se estão causalmente associadas com PFTS. Não foram detectadas lesões no sistema nervoso central, pese embora a presença de sinais neurológicos clínicos não usuais.

2011. Periweaning Failure to Thrive Syndrome (PFTS): Experiences from Saskatchewan. 30th Annual Centraila Swine Research Update

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