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Efeito do maneio sobre o peso dos leitões ao nascimento

Foi feito um estudo em diversas explorações dinamarquesas a fim de verificar causas possíveis da variação do peso dos leitões ao nascimento, tendo sido posta a hipótese da mesma ser devida a causas ambientais



A selecção para ninhadas mais numerosas leva a uma redução no peso dos leitões (Roehe, 1999), segundo a base de dados de Topigs, de 30-50 g de redução média por leitão extra. O peso ao nascimento tem uma heritabilidade baixa, pelo que a sua variação se explica, na sua maior parte, por causas ambientais. A detecção destas causas pode ser muito útil para compensar a descida de peso produzido pelo aumento da prolificidade.

Com base em dados de Topigs foi realizada uma primeira análise (Opschoor et al., 2009) onde foi detectada uma diferença de até 200 g de peso ao nascimento em explorações com genéticas e tamanhos de ninhada similares.

Para investigar melhor ditas causas, foi levado a cabo uma pesquisa em 59 explorações dinamarquesas (41.130 porcas). O número médio de leitões por ninhada foi de 14 leitões e o seu peso médio de 1,36 kg.

Por cada 0,1 partos extra da porca, os leitões perdiam 56 g.

Pelo que respeita à lactação, não foi observada relação alguma entre o consumo das porcas durante a lactação e o peso ao nascimento. Estas explorações tinham lactações relativamente longas (25 dias) e com bons consumos, o que dá tempo ao útero para se recuperar. O consumo total de gordura bruta durante a lactação esteve relacionado com o peso ao nascimento.

O consumo de alimento durante a inseminação esteve relacionado com o peso ao nascimento, o que reforça a ideia de um flushing desde o desmame até ao nascimento. Segundo os dados obtidos, um incremento do consumo de 1 kg/dia durante a inseminação comporta um aumento de 45 g sobre o peso ao nascimento. Também a composição mostrou-se importante, especialmente a lisina e a treonina digestíveis.

O consumo da porca durante a gestação também estava correlacionado com o peso ao nascimento. Neste caso um aumento do consumo de 1 kg significava 1,2 g mais ao nascimento. A lisina total também se mostrou importante.

Outros aspectos não significativos, mas interessantes numericamente, da pesquisa foram: as primeiriças, que haviam estado de quarentena, pariram leitões 39 g mais pesados e as gestantes alojadas em grupos 61 g mais que as alojadas em boxes. O uso de prostaglandinas, em comparação com o parto natural, resultou numa descida de 43 g. Num ponto os criadores valorizavam a higiene da sua exploração, os que diziam ter muito boa higiene tinham leitões 104 gramas mais pesados que os que declararam tê-la boa e 224 g mais que os que a tinham normal. Este resultado reforça a ideia da importância do maneio sobre o peso ao nascimento.

2011. Management influences on birth weight, phase 2. TOPIGS

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