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Avanços na investigação sobre PRRSV

O vírus do síndroma respiratório e reprodutivo porcino (PRRSV) continua a estar à cabeça da lista de doenças que causam elevadas e significativas perdas na Suinicultura mundial. De seguida resumem...
28 Novembro 2002
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O vírus do síndroma respiratório e reprodutivo porcino (PRRSV) continua a estar à cabeça da lista de doenças que causam elevadas e significativas perdas na Suinicultura mundial. De seguida resumem-se alguns dos resultados das últimas investigações sobre o tema.

A sequenciação genética: Actualmente esta é uma ferramenta rotineira no diagnóstico clínico da doença. Graças a esta ferramenta, a equipa de diagnóstico da Universidade de Minnesota pôde identificar de forma inequívoca a presença de estirpes do genótipo europeu em estados do médio oeste americano. Este era um facto de que se suspeitava mediante evidência sorológica mas nunca confirmado até ao momento. Neste momento tanto na América como na Europa parecem coexistir vários serotipos de PRRS. Este facto é de grande significado na eleição da estirpe para fabricar vacinas e na eficiência dos kits de diagnóstico sorológico utilizados. É muito importante utilizar kits que possam detectar anticorpos contra ambos os tipos do PRRSV com o mesmo nível de sensibilidade. Por outro lado, estas estirpes diferentes, que afectam vários estados da produção, parecem representar introduções independentes do vírus, em vez de mutações ou recombinações.

Recombinação: Uma das preocupações actuais é a possível recombinação entre os serotipos americanos e europeus que coexistem numa mesma região dando lugar a novas variantes do PRRSV. Contudo, um artigo recente de Van Vugt et al. demonstra que sob condições in vitro (cultura celular) é 10.000 vezes mais provável uma recombinação entre duas estirpes do serotipo norte-americano que entre estirpes dos serotipos norte-americano e europeu.

Biologia molecular: O avanço mais significativo dentro deste campo e em relação com o PRRSV foi o desenvolvimento de clones infecciosos do genoma do vírus e a sua aplicação no estudo do ciclo vital do vírus dentro da célula hóspede.
O clone infeccioso é a última chave para gerar novas vacinas atenuadas alteradas geneticamente. Por outro lado, o Instituto Veterinário Dinamarquês de Investigação Virológica demonstrou que a actual geração de vacinas vivas modificadas do PRRSV podem propagar-se dentro das explorações e reverter num fenótipo virulento. Este facto, além do mais, põe em relevo a necessidade de desenvolver vacinas contra o PRRS mais eficazes e seguras.

Resposta imune: O Dr. Federico Zuckerman em colaboração com o laboratório do Departamento de Veterinária e Ciências Biomédicas da Universidade de Nebraska, demostraram que a resposta imune específica para PRRSV caracteriza-se por um inusual atraso na resposta humoral e celular. Até às 4 semanas post-infecção não se alcançam níveis detectáveis das células produtoras de gama interferão específico para PRRS. Além do mais, a resposta imune humoral caracteriza-se pelo aparecimento rápido de anticorpos específicos para PRRSV que não apresentam actividade neutralizadora até, pelo menos, às 3 a 4 semanas após infecção.· Foram realizadas experiências para estudar a função dos anticorpos na imunidade protectora contra a infecção mediante experiências de transmissão passiva em porcas gestantes. Durante o ensaio as primíparas gestantes que receberam PRSSV-Inmunoglobulinas (Ig) procedentes de animais hiper-imunes convalescentes foram totalmente protegidas das falhas reprodutivas (95% de viabilidade dos leitões ao desmame, aos 15 dias de vida). Por outro lado, os 6 animais do grupo controle que receberam Ig anti virus de Aujeszky mostraram uma acentuada falha reprodutiva (4% de sobrevivência no momento do desmame). Além da protecção das porcas gestantes contra a doença clínica reprodutiva, a transmissão passiva do PRRSV Ig evitou a infecção das mães e impediu a transmissão vertical, evidenciado pela completa ausência de PRRSV infeccioso no sangue ou tecidos das mães e ausência de infecção nas suas ninhadas.

F.Osorio. Porcine Reprodutive and Respiratory Syndrome. IPVS 2002.

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