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Via intranasal para administração de vacinas contra Streptococcus suis e Haemophilus parasuis

O presente estudo investigou o rendimento nas baterias de leitões aos quais foi administrada uma bacterina autógena para Streptococcus suis / Haemophilus parasuis por via intranasal (IN) como alternativa à tradicional intramuscular via de injecção (IM).

12 Setembro 2016
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O presente estudo investigou o rendimento nas baterias de leitões aos quais foi administrada uma bacterina autógena para Streptococcus suis / Haemophilus parasuis por via intranasal (IN) como alternativa à tradicional intramuscular via de injecção (IM).

O estudo foi realizado numa exploração comercial de 2.000 na Carolina do Norte que tinha experienciado uma mortalidade significativa nas baterias por infecção por S. suis e/ou H. parasuis. Os animais foram distribuídos aleatoriamente por 4 tipos de vacinação: 1) IN durante o maneio dos leitões aos 3-5 dias de vida e repetida no desmame, 2) IN aos 3-5 dias e injecção IM ao desmame, 3) injecção IM aos 3-5 dias e repetida ao desmame, 4) IN aos 3-5 dias. Foram recolhidas amostras de soro aproximadamente às 3 semanas após as vacinações do desmame. As amostras foram analisadas por ELISA. Durante as 5 semanas de observação do estudo, os parâmetros registados foram a mortalidade pré-desmame, percentagem de mortalidade nas baterias, percentagem de animais tratados (antibiótico injectado na presença de doença clínica) e a percentagem de porcos de má qualidade no final da fase de baterias.

Durante a fase de baterias, os grupos IN/IN e IN/IM apresentaram uma mortalidade média de 3,70% e 9,13%, respectivamente. A mortalidade média observada no grupo IM/IM foi de 5,03% enquanto que a observada no grupo IN aos 3-5 dias foi de 1,42%. O tipo de vacina administrada não afectou significativamente a taxa de mortalidade nas baterias. Em relação à mortalidade total (desmame e baterias) os grupos IN/IN e IN/IM apresentaram uma mortalidade média de 12,7% e 14,5%, respectivamente. O grupo IM/IM de 12%, enquanto que a mortalidade total média observada no grupo IN foi de 11,3%. O tipo de vacina administrada não afectou significativamente a mortalidade total. Em relação aos tratamentos, os grupos IN/IN e IN/IM apresentaram uma taxa média de tratamento de 8,78% e 9,53%, respectivamente enquanto que o grupo IM/IM foi de 7,63% e para IN de 6,88%. O tipo de vacina administrada não afectou significativamente a taxa de tratamento com antibióticos durante a fase de baterias. Para os porcos classificados como de má qualidade, a taxa foi de 22.60% e 24.53% para os grupos IN/IN e IN/MI, respectivamente e de 22,65% e 22,23% para os grupos IM/IM e IN, respectivamente. O tipo de vacina administrada não afectou significativamente a percentagem de porcos de má qualidade observados no final da fase de baterias.

É aceite que as vacinas mortas estimulam a imunidade humoral como resultado da produção de ambos os anticorpos IgG e IgM. Curiosamente, a maioria dos animais em cada um dos grupos tratamento nesta investigação também respondeu com títulos de ELISA de IgA mensuráveis a H. parasuis (estirpe vacinal) indicando que a maioria dos porcos se seroconverteram (> 80%). A taxa mais baixa de títulos de IgA observada no grupo IN foi a excepção a esta tendência. Além disso, os grupos IN/IM e IM/IM foram os únicos tratamentos que resultaram em mais de 80% da taxa de seroconversão medida pelos títulos de IgG. Os porcos neste estudo pareceram responder de forma muito semelhante às vias IN e IM aos 3-5 dias de vida quando se estimulou através da via IM ao desmame.

A nível de exploração comercial, a técnica de administração intranasal tem várias vantagens em comparação com a vacinação parenteral tradicional, incluindo a facilidade de administração durante os primeros dias de vida e a redução da carga de trabalho. Além disso, a rota intranasal pode ser menos susceptível à interferência da imunidade materna.

R. Jones, B. Heins, G. Weaver, J. Kula, B. Lin, W. Johnson. Field evaluation of the intranasal route as an alternative for administering Streptococcus suis and Haemophilus parasuis bacterins. 2016 AASV Anual Meeting.

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