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Uso de porcas adoptantes: consequências sobre bem-estar

Foi feito estudo para verificar se as "porcas adoptantes", com lactações prolongadas sofrem consequências negativas para o seu bem-estar.

6 Agosto 2019
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Em porcas hiperprolíticas, são necessárias estratégias de maneio para optimizar o número de leitões desmamados. Estas estratégias envolvem a transferência de leitões recém-nascidos de porcas hiperprolíticas para uma porca cujos leitões foram desmamados ou criados por outra porca. Nestas "porcas adoptantes" prolongam-se as lactações, o que pode ter consequências negativas para o seu bem-estar.

Este estudo utilizou 47 porcas, das quais 20 tinham ninhadas grandes e os leitões de maior tamanho foram transferidos para as porcas que estavam na sua primeira (2STEP7, n = 9) ou terceira semana de lactação (1STEP21, n = 10) . As porcas das quais foram retirados leitões (R) foram deixadas com o resto da ninhada intacta (I) (IR porcas, n = 10), ou as ninhadas (E) foram igualadas para peso ao nascimento usando leitões da mesma idade de porcas não experimentais (porcas RE, n = 9). Os leitões do 2STEP7 foram transferidos para outra porca adoptante com 3 semanas de lactação (2STEP21, n = 9). A espessura da gordura dorsal na entrada das salas de parto, ao realizar as adopções (somente as porcas adoptantes) e no desmame foi medida. Também foram recolhidos dados sobre a facilidade de locomoção e a presença de lesões na pele e unhas na entrada das salas de parto e no desmame. Foram recolhidas amostras de cortisol salivar e a coloração lacrimal foi pontuada às 9h00, semanalmente, do nascimento ao desmame, bem como amostras de saliva na lactação.

A espessura da gordura dorsal diminuiu entre a entrada a partos e o desmame para todas as porcas (F1,42 = 26,59) e tendeu a diferir entre os tratamentos (F4,16 = 2,91). Ao desmame, as porcas RI tiveram pontuações de lesões nas extremidades inferiores às porcas 2STEP7 e RE (χ24 = 10,8). Não foram detectados efeitos do tratamento nas concentrações de cortisol na saliva. Todas as porcas adoptantes tiveram uma maior concentração de cortisol na saliva no momento das adopções, em comparação com os dias (F10,426 = 3,47). Os efeitos agudos das adopções nas porcas adoptantes diferiram em função do tratamento (F2,113 = 3,45). As porcas 2STEP7 tiveram uma maior concentração de cortisol salivar que as porcas 1STEP21 e 2STEP21 no dia das adopções. O tratamento não teve efeito sobre a pontuação da coloração das lágrimas.

Não foram detectadas diferenças entre porcas adoptantes quanto à condição corporal ou à gravidade das lesões. Ainda que algumas porcas adoptantes tenham experimentado stress no momento das adopções, não foram detectados efeitos a longo prazo para as diferentes estratégias estudadas nos níveis de stress em comparação com as porcas que criaram a sua própria ninhada.

O. Schmitt, E. M. Baxter, L. A. Boyle and K. O’Driscoll. Nurse sow strategies in the domestic pig: Consequences for selected measures of sow welfare. Animal. Volume 13, Issue 3. March 2019 , pp. 580-589. DOI: https://doi.org/10.1017/S175173111800160X

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