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Uso de microalgas ricas em ómega-3 em dietas de porcas gestantes

O presente estudo avaliou os níveis séricos de marcadores metabólicos e o rendimento reprodutivo de porcas suplementadas com a microalga heterotrófica Schizochytium sp.

24 Maio 2018
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Os ácidos gordos poli-insaturados ómega-3 (PUFA) procedentes de algas podem ser uma fonte de baixo custo, não patogénica e não toxinogénica e com níveis nutricionais estáveis. Os PUFA ómega-3 podem ser incorporados pelos ovócitos, o que pode beneficiar o seu desenvolvimento e também afectar o metabolismo e a função reprodutora. No entanto, os efeitos dos Ómega-3 na sobrevivência fetal podem ser inconsistentes e é desconhecida a eficácia das algas como fonte de PUFA.

O presente estudo avaliou os níveis séricos de marcadores metabólicos e o rendimento reprodutivo de porcas suplementadas com a microalga heterotrófica Schizochytium sp. A dieta de um total de 596 porcas foi suplementada com a microalga desde o dia 85 de gestação, durante a lactação e até ao intervalo desmame-estro. As microalgas foram fornecidas a um dos seguintes cinco níveis: 0 (controlo); 3,5; 7,0; 14,0; e 28,0 g/d. Foram recolhidas amostras de sangue no dia 85 de gestação, aos 10 dias de lactação e no último dia antes do desmame. O colesterol, os triglicéridos, o factor de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) e os níveis de ácidos gordos não esterificados (NEFA) foram avaliados no soro.

Durante o ciclo para o qual se aplicou a suplementação com algas, o tamanho total da ninhada foi de 14,4 ± 3,5 leitões e o número de nascidos vivos foi de 13,4 ± 3,4 leitões. Não foram observados efeitos dos tratamentos dietéticos nos leitões nados-mortos. O peso dos leitões ao nascimento foi maior para as porcas alimentadas com 28 g/d de microalgas em comparação com as alimentadas com níveis menores. Em relação ao intervalo desmame-estro, este foi maior nas porcas alimentadas com 7 g/d de microalgas em comparação com as porcas controlo. Foram detectados menores níveis de triglicéridos no soro durante a gestação nas porcas alimentadas com 14,0 e 28,0 g/d. Os níveis séricos de colesterol, IGF-1 e NEFA não diferiram entre tratamentos. No ciclo seguinte, não foram observadas diferenças nem no tamanho total da ninhada nem no índice de nascidos mortos.

Em conclusão, o uso de microalgas heterotróficas Schizochytium sp. na dieta de porcas não teve efeitos no índice de nascidos mortos, intervalo desmame-estro e tamanho total da ninhada. Para as porcas alimentadas com a maior concentração testada (28,0 g/d), os níveis séricos de triglicéridos reduziram durante a gestação e aumentaram os pesos dos leitões ao nascimento.

Posser, C. J. M., Almeida, L. M., Moreira, F., Bianchi, I., Gasperin, B. G., and Lucia, T. (2018). Supplementation of diets with omega-3 fatty acids from microalgae: Effects on sow reproductive performance and metabolic parameters. Livestock Science, 207: 59-62. https://doi.org/10.1016/j.livsci.2017.11.006

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