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Uso de ketoprofeno em porcas após o parto

Foi estudado se a administração, à porca, após o parto, de um fármaco anti-inflamatório não esteróide pode melhorar o bem-estar e a produtividade.

6 Agosto 2018
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O parto é um momento crítico para porcas e leitões. A má recuperação das porcas após o parto e a mortalidade dos leitões representam um problema de bem-estar, assim como uma perda económica para a indústria suína.

Foi estudado se a administração, à porca, após o parto, de um fármaco anti-inflamatório não esteróide (AINE) pode melhorar o bem-estar e a produtividade e, desse modo, melhorar o estado de saúde e o bem-estar dos leitões, o que pode levar a um benefício económico para os produtores suínos.

Foi estudado o uso de ketoprofeno após o parto em 24 primíparas e 32 multíparas. As porcas receberam ketoprofeno (tratamento) ou o volume equivalente de solução salina (controlo) por inyecção intramuscular 1,5 h após o nascimento do último leitão. Os dados recolhidos incluiram o consumo de alimento das porcas, a transferência imunitária (nível de imunoglobulina G (IgG) no colostro e soro do leitão), comportamento da porca e peso e mortalidade dos leitões. Um factor adicional neste estudo foi que 13 indivíduos nececitaram tratamento adicional nos dias posteriores ao parto por doença pós-parto. Portanto, os dados foram analisados usando modelos mistos, incluídos o tratamento (tratamento ou controlo), paridade (primípara ou multípara) e tratamento adicional (sim ou não) como factores fixos.

Foram observados poucos efeitos do tratamento, sendo que os parâmetros foram mais afectados se as primíparas ou multíparas fossem tratadas por doença, ou entre paridades. A única variável que diferiu durante o tratamento foi a duração dos grunhidos durante a lactação, que foi maior para o controlo em comparação com as porcas tratadas (P = 0,05). O consumo de alimento foi maior para as multíparas em comparação com as primíparas nos dias 6 e 7 pós-parto e a IgG sérica foi maior em leitões de multíparas, comparado com as primíparas (P <0,05). O consumo de alimento reduziu-se nas porcas que necessitaram tratamento adicional, a partir dos dias 2 a 7 após o parto, e as que desenvolveram doença consumiram menos alimento em geral (P = 0,004). O melhor modelo de regressão para prever as probabilidades de que um leitão morra antes do desmame foi o número de nascidos vivos (P = 0,03), a necessidade de tratamento adicional (P = 0,006), ser macho (P = 0,0005) e gordura dorsal das porcas antes do parto (P <0,0001), o que aumentou as probabilidades logarítmicas de morte, enquanto que o peso corporal dos leitões diminuiu as probabilidades logarítmicas de morte (P <0,0001).

Este estudo não demonstrou benefícios claros para o ketoprofeno, mas a alta variação individual na mortalidade dos leitões indica um potencial para o uso de AINE.

Sarah H. Ison, Susan Jarvis, Cheryl J. Ashworth, Kenneth M.D. Rutherford. The effect of post-farrowing ketoprofen on sow feed intake, nursing behaviour and piglet performance. August 2017 Volume 202, Pages 115–123. DOI: https://doi.org/10.1016/j.livsci.2017.06.001

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