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Uso de bagaço de azeitona em porcos de engorda

A incorporação de níveis baixos de bagaço de azeitona na dieta pode melhorar os rendimentos produtivos  oferecendo um perfil de ácidos gordos saudável em porcos de engorda.

14 Maio 2015
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Devido às grandes flutuações dos preços das matérias-primas, foram avaliados ingredientes alternativos que devem manter os rendimentos produtivos óptimos nos animais e na qualidade do produto final. Um destes ingredientes alternativos é o bagaço de azeitona, rico em ácidos gordos monoinsaturados e lignina. Este trabalho estudou o efeito do sub-produto sólido da indústria de azeite (bagaço) na digestibilidade, crescimento e características da carcaça, carne e gordura. Um total de sessenta porcas jovens Duroc x (Landrace x Large White) com 69,5 kg de peso vivo e 126 dias de idade foram alimentadas com diferentes níveis de bagaço de azeitona (0, 50, 100 e 150 g/kg de alimento) que foram incluídos na dieta substituindo a mesma proporção de cevada. A experiência durou 35 dias e os animais foram abatidos com 96,7 kg de peso corporal.

Ainda que o índice de conversão (FCR) não tenha sido afectado (P> 0,10), o consumo médio diário (CMD) aumentou (P = 0,04) e o ganho médio diário de peso (GMD) também tendeu a aumentar (P = 0,06) de forma quadrática, com o nível de bagaço de azeitona na dieta, alcançando os valores máximos em 100 g de bagaço de azeitona/kg. A ingesta de energia digestível aparente diária também aumentou de forma quadrática (P = 0,04) com o aumento de inclusão de bagaço de azeitona na dieta. A digestibilidade aparente da matéria orgânica tendeu a diminuir de forma quadrática (P = 0,06) e a digestibilidade da energia diminuiu linearmente (P <0,04) com o aumento de inclusão do bagaço de azeitona. Os níveis de inclusão tiveram poucos efeitos nas características da carcaça e da carne. No entanto, a inclusão de bagaços incrementou quadraticamente (P = 0,04) o peso da carcaça e diminuiu linearmente (P = 0,02) a espessura da gordura medida no glúteo médio. A inclusão de bagaço de azeitona não modificou a proporção total de ácidos gordos poliinsaturados da gordura sub-cutânea mas, a níveis crescentes de bagaço de azeitona, houve redução linear (P = 0,01) da proporção total de ácidos gordos saturados e um aumento linear (P = 0,02) da percentagem total de ácido gordos monoinsaturados, especialmente o C18:1 (P = 0,01).

Em conclusão, a inclusão de níveis moderados de bagaço de azeitona (até 100 g/kg) em dietas para porcos em finalização tendeu a melhorar o crescimento diário e diminuiu a espessura da gordura da carcaça. A  inclusão de bagaço de azeitona melhorou a composição da gordura pela diminuição dos ácidos gordos totais saturados e aumentando o total de MUFA.

Joven, M., Pintos, E., Latorre, M.A., Suárez-Belloch, J., Guada, J.A. and Fondevila, M. 2014. Effect of replacing barley by increasing levels of olive cake in the diet of finishing pigs: Growth performances, digestibility, carcass, meat and fat quality. Animal Feed Science and Technology, 197, 185-193. DOI: 10.1016/j.anifeedsci.2014.08.007

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