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Transmissão indirecta e estabilidade do vírus da Diarreia EpidémicaSuína nos fómites

Foi realizada a presente tese com o objectivo de avaliar a contribuição dos fómites na transmissão indirecta e estudar a estabilidade do DESV nos mesmos, a diferentes temperaturas.

5 Março 2017
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Tendo em conta a falta de informação acerca da transmissão indirecta do vírus da Diarreia Epidémica Suína (DESV) através do movimento do pessoal e a estabilidade do vírus em fómites sob diferentes condições ambientais, foi realizada a presente tese com o objectivo de avaliar a contribuição dos fómites na transmissão indirecta e estudar a estabilidade do DESV nos mesmos, a diferentes temperaturas.

Segundo os resultados obtidos, o movimento de pessoal através de salas de porcos causou a transmissão rápida do DESV quando foram praticados procedimentos de biossegurança baixa (LB). O uso de um equipamento de protecção pessoal contaminado (EPP) foi suficiente para transmitir a infecção a porcos naïve, o que provocou a eliminação do vírus e a prova da natureza contagiosa do DESV. Além disso, em comparação com a transmissão por contacto directo que se produziu às 24 horas, a transmissão indirecta através do movimento de pessoal ocorreu de forma surpreendemente rápida, semelhante ao contacto directo. Além disso, foi visto que a transmissão do DESV através de superfícies corporais contaminadas no pessoal no grupo de biossegurança média (MB) também pode ser possível se nos basearmos na detecção do ARN viral nas superfícies de cara e mãos. Isto indica que, perante uma exposição adequada, existe um maior risco de transmissão do DESV quando não são seguidos os procedimentos de biossegurança como tomar duche ou mudar de equipamento entre pavilhões. Em investigações adicionais de fómites contaminados sob diferentes condições ambientais, foi analizada a estabilidade do DESV cultivado em células sobre vários fómites a duas temperaturas diferentes: 4ºC e temperatura ambiente (25ºC). O DESV permaneceu viável a 4°C durante mais de 20 dias depois da sua aplicação em fómites, especificamente Styrofoam, Tyvek ®, metal e plástico. No entanto, a viabilidade do DESV nos diferentes fómites diminuiu rapidamente quando foi armazenada a temperatura ambiente, sendo indetectável usando ensaios de vírus infecciosos. No entanto, o número de cópias de ARN viral foi possível detectar em todas as superfícies mediante RT-PCR em tempo real, não se correlacionando bem com os resultados dos ensaios baseados ​​em células que mostram a presença de vírus infecciosos.

Estes dados reforçam a natureza frágil deste vírus com cápsula, suspeitanto mudanças com o tempo na cápsula sem degradação do ARN. Estes estudos evidenciam a transmissão indirecta do DESV através do pessoal contaminado, que ocorre rapidamente e também como os fómites e a temperatura afectam a estabilidade viral através do tempo. Estas observações proporcionam uma maior compreensão da transmissão indirecta do DESV através do movimento do pessoal com equipamentos e fómites contaminados. Esta informação pode ajudar a melhorar a implementação de procedimentos de biossegurança no controlo da transmissão do DESV e prevenir novos surtos.

Kim, Yonghyan. (2016). Indirect transmission and stability of porcine epidemic diarrhea virus on fomites. Retrieved from the University of Minnesota Digital Conservancy, http://hdl.handle.net/11299/183297.

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