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Sobrevivência de agentes patogénicos virais em ingredientes para rações

O objectivo deste estudo foi avaliar, em condições transfronteiriças simuladas, a sobrevivência de agentes patogénicos virais em ingredientes para rações importadas diariamente pelos Estados Unidos.

3 Maio 2018
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O objectivo deste estudo foi avaliar, em condições transfronteiriças simuladas, a sobrevivência de agentes patogénicos virais de importância nos animais de abate em ingredientes para rações importadas diariamente pelos Estados Unidos.

Foram seleccionados onze vírus segundo a sua importância e impacto global para a indústria pecuária, incluídos o vírus da Febre Aftosa (FMDV), o vírus da Peste Suína Clássica (PSCV), o vírus da Peste Suína Africana (PSAV), o vírus da Gripe A (IAV-S) ), vírus da Doença de Aujeszky (EAV), o vírus Nipah (NiV), o vírus do Síndrome Reprodutivo e Respiratório Suíno (PRRSV), o vírus da Doença Vesicular Suína (SVDV), o vírus da Estomatite Vesicular (VSV), Circovírus Suíno Tipo 2 (PCV2) e vírus do Exantema Vesicular Suíno (VESV).

Foram usados vírus substitutos com propriedades genéticas e físicas semelhantes para 6 dos vírus estudados. Os vírus substitutos pertenciam às mesmas famílias de vírus que os agentes patogénicos objectivo e incluíam o Senecavirus A (SVA) para o vírus da Febre Aftosa, vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV) para o vírus da PSC, o herpesvírus bovino tipo 1 (BHV-1) para o vírus da Doença de Aujeszky, o vírus CDV para o Nipah vírus, o Sapelovírus Suíno (PSV) para o vírus da Doença Vesicular Suína (SVDV) e o calcivírus felino (FCV) para o vírus do Exantema Vesicular Suíno (VESV). Para os vírus objectivo restantes, foram usados agentes patogénicos reais. A sobrevivência do vírus foi avaliada utilizando modelos transfronteriços transpacíficos ou transatlânticos que envolvem ingredientes representativos dos rações, tempos de transporte e condições ambientais, com amostras analisadas por PCR, VI e/ou bio-ensaio suíno.

Os vírus SVA (que representa FMDV), FCV (que representa o VESV), BHV-1 (que representa o EAV), PRRSV, PSV (que representa SVDV), PPAV e PCV2 mantiveram a sua infecciosidade durante o transporte, ao passo que o BVDV (que representa o PPCV), VSV, CDV (que representa NiV) e IAV-S não a mantiveram. De forma notável, sobreviveram mais vírus na farinha de soja convencional, cloridrato de lisina, cloreto de colina, vitamina D e tripas de porco.

Estes resultados apoiam os dados publicados sobre o risco transfronteiço de PEDV nas rações e demonstram a sobrevivência de certos vírus em ingredientes específicos para rações ("combinações de alto risco") sob condições que simulam o transporte entre continentes e proporcionam uma evidência adicional de que os ingredientes contaminados para rações podem representar um risco para o transporte de agentes patogénicos a nível nacional e global.

Dee SA, Bauermann FV, Niederwerder MC, Singrey A, Clement T, de Lima M, et al. (2018); Survival of viral pathogens in animal feed ingredients under transboundary shipping models. PLoS ONE 13(3): e0194509. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0194509

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