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Efeito da restrição alimentar no rendimento e no metabolismo de nutrientes em porcos co-infectados com M. hyo e VIS

Em conjunto, estes resultados indicam que a modificação das práticas de alimentação poderia ajudar a preparar os animais para superar uma infecção por influenza.

29 Outubro 2014
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Tendo em conta a importante relação entre o estado nutricional e a inflamação, o tipo de alimentação e estratégias nutricionais podem ser eficazes para melhorar a capacidade dos porcos em fazer frente às doenças. Os objectivos deste estudo foram investigar o efeito da restrição alimentar na capacidade dos porcos em resistir e ser tolerantes a uma co-infecção por Mycoplasma hyopneumoniae (Mhp) e ao vírus da Influenza Suína Europeia H1N1, bem como as consequências para o metabolismo dos nutrientes, em particular dos aminoácidos.

Para isso, dois grupos de porcos livres de agentes patogénicos específicos foram inoculados com Mhp e H1N1 com 21 dias de diferença. Um grupo foi alimentado ad libitum enquanto que o outro grupo foi submetido a um período de duas semanas com 40% de restrição alimentar, começando uma semana antes da infecção por H1N1. Incluiram-se no estudo dois grupos controlo. Três dias após a infecção com o vírus da gripe H1N1, deram-se 200 g de ração aos porcos que tinham ficado em jejum durante a noite e durante 4 horas foram recolhidas amostras de sangue em série para medir as concentrações de nutrientes no plasma. Durante todo o estudo, não se observaram sinaos clínicos e não se detectaram agentes patogénicos nas amostras nasais e tecidos pulmonares.

Os porcos submetidos a restrição alimentar apresentaram uma hipertermia mais curta e um aumento de peso médio positivo durante os 3 dias após a infecção com o VIS H1N1 enquanto que os animais alimentados ad libitum perderam peso. A infecção e a restrição alimentar reduziram as concentrações pós-prandiais de glucose, o que indica alterações no metabolismo da glucose. Nos porcos co-infectados as concentrações plasmáticas pós-prandiais dos aminoácidos essenciais histidina, arginina e treonina foram menores, o que sugere um maior uso dos aminoácidos para propósitos metabólicos associados à resposta imunitária.

Em conjunto, estes resultados indicam que a modificação das práticas de alimentação poderia ajudar a preparar os animais para superar uma infecção por influenza.

Le Floc’h N, Deblanc C, Cariolet R, Gautier-Bouchardon AV, Merlot E, et al. (2014) Effect of Feed Restriction on Performance and Postprandial Nutrient Metabolism in Pigs Co-Infected with Mycoplasma hyopneumoniae and Swine Influenza Virus. PLoS ONE 9(8): e104605. doi:10.1371/journal.pone.0104605

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