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Rendimento e morfologia intestinal em leitões alimentados com leite artificial

O leite artificial é uma boa alternativa para os leitões excedentários.

15 Maio 2014
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O resultado de ter porcas hiper-prolíficas na exploração é um elevado número de leitões por ninhada, ainda maior do que o número de tetas disponíveis. Estas ninhadas são caracterizadas pela alta variação de peso da ninhada ao nascimento e, consequentemente, maior mortalidade e taxas mais baixas de crescimento para os leitões com menor tamanho.Além disso, a produção de leite é insuficiente para alcançar o potencial máximo de crescimento destas ninhadas maiores. Os efeitos da lactação artificial sobre o crescimento, morfologia do intestino delgado e capacidade de digestão permanecem obscuros.

O objectivo deste estudo foi investigar o crescimento e as características estruturais e funcionais do intestino delgado em leitões com lactação artificial e leitões lactantes de diferentes categorias de peso (baixo peso ao nascer (BPN) em comparação com de peso normal ao nascimento (PNN)) e em vários momentos de tempo (d 10 e d 28). Um total de 20 pares de leitões PNN (1,48 ± 0,11kg) e BPN (0,87 ± 0,04 kg ao nascer) foram seleccionados de 10 ninhadas. Todos os leitões (n= 40) foram distribuídos por 4 grupos de tratamento. Os grupos 1 e 2 continham leitões que mamaram aos 10 (n= 10) ou 28 dias de idade (n= 10), respectivamente. Os grupos 3 e 4 continham animais que foram separados da porca aos 3 dias de idade e, posteriormente, criados artificialmente utilizando uma fórmula de leite comercial até ao dia 10 (n= 10) ou 28 (n= 10). A lactação artificial teve inicio 3 dias depois do nascimento para permitir que os leitões ingerissem uma quantidade suficiente de colostro.

Os leitões PNN tiveram maior ganho médio diário de peso (GMD) em comparação com os leitões BPN (P<0,01). Durante os dias 3-10, os leitões com lactação artificial mostraram uma redução do GMD e as actividades da lactase em comparação com os leitões lactantes (P<0,01). Em troca, os animais que foram alimentados com lactação artificial até ao dia 28 tinham um GMD comparável com os leitões alimentados pela porca. Além disso, os leitões alimentados com lactação artificial tiveram uma maior área de absorção (P<0,01), maior actividade da maltase e sacarase (P<0,05) e uma maior profundidade das criptas (P<0,03) em comparação com os leitões lactantes. Em geral, as diferenças entre os leitões BPN e PNN foram poucas.

Em conclusão, a lactação artificial em leitões a partir dos 3 dias de idade resultou em sintomas menores de distúrbios gastrointestinais, durante a primeira semana de tratamento. A lactação artificial a longo prazo deu lugar a rendimentos similares e melhorou o crescimento e maturação intestinal. Os leitões com lactação artificial beneficiam da disponibilidade ad libitum do leite formulado, por um incremento da capacidade de absorção intestinal. Devido a este último, aumenta a actividade da sacarase e da maltase. É possível que estes leitões tenham a capacidade de se adaptar melhor à posterior mudança para a alimentação sólida.

De Vos, M., Huygelena, V., Willemena, S., Fransen, E., Casteleyn, C., Van Cruchten, S., Michiels, J., Van Ginneken, C. (2014) Artificial rearing of piglets: Effects on small intestinal morphology and digestion capacity. Livestock Science 159; 165–173.

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