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Proteases e xilanases em rendimentos produtivos, digestibilidade de nutrientes e odor do chorume

A xilanase reduz as emissões de gases e pode reduzir os odores desagradáveis do chorume.

10 Julho 2014
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A farinha de colza (FC) e grãos secos de destilaria com solúveis de trigo (DDGS) podem ser incorporados em dietas para suínos. Em comparação com o trigo, a inclusão DDGS foi associado anteriormente com a redução da digestibilidade de aminoácidos com alto teor de fibra, o que limita a sua inclusão na formulação. Da mesma maneira, a FC tem um elevado teor de fibra em comparação com farinha de soja, resultando numa redução na digestibilidade de nutrientes, incluindo azoto. A baixa digestibilidade de nutrientes causada ​​pelos polissacáridos não amiláceos (PNA) dos sub-produtos sugere que seja necessária a suplementação enzimática exógena para aumentar a utilização de nutrientes quando se usa a FC e os DDGS.

Foi colocada a hipótese de que a suplementação com protease e xilanase, seja de forma individual ou combinada, possam contribuir para melhorar a digestibilidade dos DDGS e das dietas a base de FC e melhorar os rendimentos produtivos e as emissões gasosas do chorume. Foram realizadas duas experiências seguindo um desenho factorial 2 × 2 com 4 tratamentos. Os tratamentos experimentais foram os seguintes: (1) dieta basal; (2) dieta basal mais 200 mg/kg de protease; (3) dieta basal mais 200 mg/kg de xilanase; (4) dieta basal mais 200 mg/kg de protease e 200 mg/kg de xilanase. Na experiência 1, para avaliar as características do rendimento produtivo e da carcaça, foram utilizados 128 porcos com 34,2 ± 2,1 kg de peso vivo (PV) que foram distribuídos a um dos quatro tratamentos à base de uma dieta basal contendo DDGS (300 g/kg) e FC (210 g/kg). A experiência 2 foi realizada para avaliar a digestibilidade ileal aparente (DIA) e a digestibilidade total dos nutrientes (ATTD) e as emissões gasosas do chorume em porcos de crescimento-engorda. Para isso, 24 varrascos de acabamento (78 ± 2,3 kg PV) foram alojados em jaulas metabólicas e foram-lhes dadas as mesmas dietas que na experiência 1.

Na experiência 1, os porcos suplementados com protease tiveram um GMD menor (P< 0.001) durante o período de crescimento-acabamento (d 0- abate) em comparação com os não suplementados. Foi observada uma interacção entre fase de crescimento e a suplementação com protease e com xilanase no CMD (P<0,01) e PV (P <0,01). Durante a fase de acabamento (d 28 - abate), os porcos suplementados com a combinação dos dois enzimas tiveram um CMD e um PV inferior aos porcos suplementados com protease ou xilanase unicamente. Na experiência 2, houve uma interacção entre a xilanase e a protease (P<0.05) com a ajuda de GE. As dietas que contêm protease só tinham aumentado a DIA da energia bruta (EB) em comparação com os porcos sem suplementação, no entanto a DIA da EB diminuiu quando a protease se ​​combinou com a xilanase. As dietas que continham xilanase reduziram as emissões de odor do chorume em comparação com as dietas sem xilanase (598 vs 1306 OuE/m3, P < 0,05).

Em conclusão, nem a xilanase nem a protease apresentaram melhoria sobre os rendimentos ou as características da carcaça. No entanto, a protease aumentou a DIA da EB e a xilanase reduziu as emissões de gases do chorume.

O’Shea, C.J., Mc Alpine, P.O., Solan, P., Curran, T., Varley, P.F., Walsh, A.M. and Doherty, J.V.O. (2014). The effect of protease and xylanase enzymes on growth performance, nutrient digestibility, and manure odour in grower–finisher pigs. Animal Feed Science and Technology 189; 88– 97. http://dx.doi.org/10.1016/j.anifeedsci.2013.11.012

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