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Óleos crus e ácidos de bagaço de azeitona como fonte alternativa de gordura em porcos de engorda

Os óleos crus e ácidos de bagaço de azeitona podem melhorar a qualidade da carne e a sustentabilidade da engorda.

27 Janeiro 2022
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A inclusão de óleos crus e ácidos de bagaço de azeitona, ricos em ácidos gordos (AG) monoinsaturados, pode dar lugar a produtos cárnicos mais insaturados, e especialmente no caso dos óleos ácidos de bagaço de azeitona conseguir uma produção suína mais sustentável económica e ambientalmente. Estes produtos têm níveis diferentes de AG livres, cujos efeitos negativos sobre a performance são controversos. O objectivo deste estudo foi o de investigar o efeito da suplementação dietética com óleos crus e ácidos de bagaço de azeitona sobre a performance do crescimento, a digestibilidade, as características da carcaça e o perfil de AG do músculo Longissimus (LM) e a gordura dorsal em porcos de engorda por comparação com o óleo de palma cru convencional. Para isto um total de 224 porcos machos e fêmeas [(Landrace x Large White) x Duroc] foram distribuídos aleatoriamente por 48 parques segundo o seu peso inicial (58,7 ± 9,71 kg, media ± SD) e sexo. Foram atribuídos 4 tratamentos experimentais (n = 12 parques/tratamento; 4-5 porcos/parque) para a primeira fase (0-42 dias) e segunda fase (40-62 dias) de engorda. Os tratamentos consistiram em numa dieta basal suplementada com 5% de óleo de palma (PO), óleo de bagaço de azeitona (O), óleo ácido de bagaço de azeitona (OA) ou uma mistura de PO e AO a 50/50 (M).

Não foram encontradas diferenças nos resultados da performance do crescimento entre PO, O e M, mas os animais alimentados com OA evidenciaram uma menor eficiência que os M. Não foram encontradas diferenças na digestibilidade ileal aparente entre tratamentos, no entanto, os animais alimentados com O e OA evidenciaram valores mais altos de digestibilidade aparente total do tracto de AG totais, enquanto os alimentados com PO tiveram valores mais baixos e M valores intermédios. Não foram observadas diferenças na composição da carcaça entre tratamentos. No que concerne à gordura dorsal e ao perfil de AG do LM, os tratamentos com O e OA deram lugar a uma relação mais alta de AG insaturados/saturados e um conteúdo mais baixo em AG saturados que em PO. Além disso o tratamento O mostrou um maior conteúdo de gordura intramuscular (IMF) no LM que o PO.

Em conclusão, o óleo de bagaço de azeitona é uma fonte gordura alternativa interessante que pode ser incluída a 5% nas dietas de porcos de engorda, dando lugar a produtos cárnicos com mais IMF, ricos em AG monoinsaturados, alcançando valores de digestibilidade de AG e bons parâmetros de performance nos suínos. Alternativamente o óleo ácido de bagaço de azeitona misturado com o óleo de palma convencional não teve um impacto na performance ou utilização da gordura. A inclusão de estes subprodutos gordos reduziu os costos de alimentação e conduziu a uma produção mais eficiente e ambientalmente sustentável.

Verge-Mèrida G, Barroeta AC, Guardiola F, Verdú M, Balart M, Font-i-Furnols M, Solà-Oriol D. Crude and acid oils from olive pomace as alternative fat sources in growing-finishing pigs. Animal. 2021; 15(12): 100389. https://doi.org/10.1016/j.animal.2021.100389

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