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Óleo de linho e óleo de peixe nas dietas para porcas

A suplementação com óleo de linho nas dietas para porcas pode melhorar o rendimento reprodutivo e o crescimento dos leitões.

28 Agosto 2014
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A mortalidade perinatal supõe perdas económicas importantes na produção suína. Portanto, a procura de estratégias para diminuir os nascidos mortos e aumentar a vitalidade dos leitões é crucial. Uma dessas estratégias é a de complementar as dietas de gestação e lactação com ácidos gordos poliinsaturados n- 3 (PUFA) e especialmente o ácido docosahexaenoico (DHA), já que estes PUFAs são essenciais para o desenvolvimento do feto como componente estrutural dos fosfolípidos de membrana e presente em altas concentrações no cérebro e retina. O ácido eicosapentaenóico (EPA) é essencial para o sistema imunitário como precursor do ácido gordo (FA) por eicosanóides, anti-inflamatórios e resolvinas e através da inibição da produção de eicosanoides pró-inflamatórios derivados de ácido araquidónico. O DHA pode ser directamente administrado na dieta materna através da adição de óleo de peixe ou pode ser o resultado da conversão de precursores da dieta: tais como o ácido alfa-linolénico, por exemplo, pela adição de óleo de linho.

Este estudo teve como objectivo examinar os efeitos do óleo de linho e do óleo de peixe na dieta materna sobre os rendimentos reprodutivos na gestação actual e posterior. Além disso, foi analisado o efeito da dieta sobre o parto, o peso dos leitões e a sua vitalidade. Foram utilizados dez grupos de porcas (734 porcas no total; número de parto 1-12) com cinco grupos por exploração. A partir do dia 45 da gestação e durante a lactação, as porcas foram alimentadas com uma das sete dietas experimentais: (1) óleo de palma (PO); (2) óleo de linho 0,5% (0,5% LO); (3) óleo de linho 2% (2% LO); (4) óleo de peixe 0,5% (0,5% FO); (5) óleo de peixe 2% (2% FO); (6) 0,5% óleo de linho e 0,5% óleo de peixe (0,5% LO + 0,5% FO); e (7) 0,5% óleo de linho e óleo de peixe 1% (0,5% LO + 1% FO).

As porcas alimentadas com óleo de linho apresentaram 0,9 mais leitões nascidos vivos (P=0,02) e 0,5 mais leitões desmamados (P=0,02) em comparação com as porcas alimentadas com óleo de peixe. Na gestação posterior, as porcas alimentadas com óleo de linho tiveram 1,3 e 1,5 mais leitões nascidos vivos em comparação com as porcas alimentadas com óleo de peixe (P=0,006) ou óleo de palma (P<0,001), respectivamente. Não houve efeitos da dieta sobre o peso ao nascimento e o peso da ninhada mas, para as porcas suplementadas com óleo de linho, o peso dos leitões e da ninhada aos 5 dias de idade foi superior em comparação com o óleo de peixe (P=0,04 e P=0,02, respectivamente) ou óleo de palma (P=0,02 e P=0,002, respectivamente).

Em conclusão, a suplementação com óleo de linho, com ou sem óleo de peixe, durante a gestação e a lactação não teve nenhum efeito sobre o rendimento reprodutivo das porcas na gestação actual, mas teve efeitos positivos na capacidade reprodutora no parto posterior. Além disso, o óleo de linho na dieta materna teve efeitos positivos sobre o crescimento dos leitões antes do desmame.

Tanghe, S., Missotten, J., Raes, K., Vangeyte, J. and De Smet, S. 2014. Diverse effects of linseed oil and fish oil in diets for sows on reproductive performance and pre-weaning growth of piglets. Livestock Science. 164; 109–118. http://dx.doi.org/10.1016/j.livsci.2014.03.009

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