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O óxido de zinco afecta as populações bacterianas e o perfil de metabolitos no íleon de leitões desmamados

As populações bacterianas do íleon de leitões desmamados são modificadas em função dos níveis de ZnO.

2 Maio 2013
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Os níveis farmacológicos de Óxido de Zinco (ZnO) podem melhorar a saúde dos leitões desmamados e modular a microbiota intestinal. O objectivo deste estudo foi o de avaliar o efeito dose-resposta de 5 concentrações de ZnO na dieta sobre as bactérias do intestino delgado e o perfil de metabolitos. Foram distribuídos 15 leitões recém desmamados com 25 ± 1 dias de idade, em 5 grupos de acordo com o peso e a ninhada. As dietas foram formuladas para conter 50 (dieta basal), 150, 250, 1000 e 2500 mg de zinco/kg mediante a adição de ZnO com uma pureza superior a 98% à dieta basal, as mesmas foram administradas ad libitum durante 14 dias, após um periodo de adaptação à dieta basal de 7 dias. O perfil das populações bacterianas no íleon foi analisado por electoforese em gel segundo gradiente desnaturalizante e os grupos bacterianos seleccionados foram quantificados por PCR em tempo real. Foram determinadas as concentrações de ácidos gordos voláteis (VFA) no íleon, o D- e L-lactato e o amoníaco

A riqueza de espécies, a diversidade de Shannon e a homogeneidade foram significativamente maiores nos níveis mais altos de ZnO. A quantificação por PCR revelou contagens menores de bactérias totais no grupo que recebeu a dieta basal (50 mg/kg). O aumento dos níveis de ZnO levou a um aumento (P=0,017) das enterobactérias desde 4,0 log UFC/g de digesta (grupo basal) a 6,7 log UFC/g digesta (no grupo 2500 mg/kg). As bactérias ácido lácticas não foram modificadas (P = 0,687) pelas doses de ZnO e o cluster de clostridios XIVa diminuiu (P = 0,035) no nível mais alto de ZnO. A concentração de lactato total, D- e L-lactato e propionato não foram afectados pela adição de ZnO (P = 0,736, P = 0,290 e P = 0,630), mas as concentrações de VFA totais no íleon, acetato e butirato aumentaram notavelmente entre as doses 50 e 150 mg/kg e diminuíram com as concentrações subsequentes até alcançarem os níveis mais baixos na dose de 2500 mg/kg (P=0,048, P=0,048 e P=0,097). A concentração de amoníaco diminuiu (P<0,006) à medida que se aumentava o ZnO.

Em conclusão o aumento dos níveis de ZnO teve um comportamento seguindo um padrão dose-resposta sobre a composição e actividade das populações bacterianas do íleon, este comportamento parece sugerir uma variação taxonómica na resposta metabólica ao ZnO.

R Pieper, W Vahjen, K Neumann, AG Van Kessel, J Zentek. 2012. Dose-dependent effects of dietary zinc oxide on bacterial communities and metabolic profiles in the ileum of weaned pigs. Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition, 96:825-833. doi: 10.1111/j.1439-0396.2011.01231.x

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