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Necessidades de energia e lisina em porcas durante a transição e lactação

O estudo actual teve como objectivo quantificar as necessidades diárias de energia metabolizável e lisina digestível ileal standartizada em porcas no final de gestação e lactantes utilizando uma abordagem factorial.

7 Dezembro 2017
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Os modelos utilizados para calcular as necessidades da porca têm-se focado na gestação ou lactação sem prestar atenção às alterações que acontecem durante o período de transição. A precisão e compreensão poderia ser melhorada tendo em conta as mudanças que definem este periodo.

O estudo actual teve como objectivo quantificar as necessidades diárias de energia metabolizável (EM) e lisina digestível ileal standartizada (SID) em porcas no final de gestação e lactantes utilizando uma abordagem factorial. Foram estimadas a energia metabolizável e a lisina SID necessárias para o desenvolvimento fetal e mamário, o colostro e a produção de leite, os componentes uterinos (incluindo a parede uterina, a placenta e os fluidos da membrana) e a manutenção.

Os resultados indicaram que a manutenção, a perda adicional de calor, a produção de colostro, o crescimento fetal, o crescimento mamário e os componentes uterinos representaram, respectivamente, 66,8%, 19,3%, 7,2%, 5,0%, 1,3% e 0,5% durante os últimos 12 dias de gestação. Foi estimado que a oxidação/transaminação, crescimento fetal, crescimento mamário, produção de colostro, manutenção e os componentes uterinos representaram 29,5%, 22,7%, 16,8%, 16,1%, 10,4% e 4,5% das necessidades totais de lisina SID, respectivamente, nos 12 dias finais de gestação. Após o parto, as necessidades de lisina SID e EM aumentaram diariamente até ao pico da lactação (dia 17). No pico, 95% e 72% do total requerido SID lisina e EM, respectivamente, estiveram associadas à produção de leite (incluindo a oxidação). Em comparação com o dia 104 da gestação, as necessidades de lisina EM e SID aumentaram em 60% e 149% no dia 115 da gestação e em 228% e 338% no pico da lactação, respectivamente. Foi estimada uma relação de lisina SID: EM de 0,55 como a proporção ideal para optimizar a produção do leite no pico da lactação. Por outro lado, também foi estimado que a regressão do útero libertou cerca de 30 g de lisina SID e 14 MJ ME na corrente sanguínea durante a lactação.

Em conclusão, durante a transição e lactação ocorrem grandes mudanças quanto às necessidades nutricionais e os equilíbrios entre nutrientes. Tanto o peso vivo como a produção de leite afectam substancialmente a quantidade de energia e lisina requerida durante a transição e a lactação. As porcas com um alto rendimento leiteiro requerem alimentação com uma elevada proporção lisina SID: EM, enquanto que as porcas com um alto peso vivo requerem uma relação lisina SID: ME mais baixa. Portanto, uma estratégia de alimentação com base nos dois componentes melhorará, provavelmente, a produtividade da porca.

Feyera, T., & Theil, P. K. (2017). Energy and lysine requirements and balances of sows during transition and lactation: A factorial approach. Livestock Science, 201, 50-57. https://doi.org/10.1016/j.livsci.2017.05.001

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