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Interacção entre arginina e óxido de zinco na capacidade antioxidante e resposta imunitária no leitão

Neste estudo foi avaliada a actividade antioxidante e a resposta inflamatória de 48 leitões alimentados com dietas suplementadas com ou sem óxido de zinco (2.500 mg/kg) e arginina (1%).

5 Janeiro 2018
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O óxido de zinco e a arginina melhoram o crescimento dos leitões recém-desmamados, no entanto, os mecanismos de acção não são bem conhecidos.

A arginina é um precursor essencial para a síntese de óxido nítrico (NO). É sabido que uma maior produção e concentração de NO bloqueia a libertação de Zn2+ nas células endoteliais e melhora a actividade antioxidante. Portanto, neste estudo foi avaliada a actividade antioxidante e a resposta inflamatória de 48 leitões alimentados com dietas suplementadas com ou sem óxido de zinco (2.500 mg/kg) e arginina (1%). Aos 20 dias de vida, os leitões foram homogeneamente distribuídos entre os tratamentos e no dia 5 foram desafiados com uma injecção de lipopolissacáridos (100 μg/kg). Metade deles levaram outra injecção no dia 12. Foram recolhidas amostras de sangue imediatamente antes da injecção e às 6, 24 e 48 horas depois. Também foram recolhidas amostras da mucosa do íleon após a eutanásia nos dias 7 e 14.

Suplementar com Zn aumentou o glutatião (GSH) total (reduzido e total) entre os dias 5 e 7. A arginina diminuiu o GSH oxidado nos dias 5 e 12 e a relação de capacidade total antioxidante e o estado oxidativo total entre os dias 12 e 14. O Zn diminuiu o malondialdeído a nível plasmático nos dias 5 e 12 pós-desmame e a haptoglobina sérica no dia 12, enquanto que aumentou a expressão de metalotioneína-1 e a capacidade antioxidante total na mucosa ileal no dia 14. A concentração do Factor de Necrose Tumoral α diminuiu nos dias 5 a 12.

Este estudo permitiu observar que a suplementação de dietas pós-desmame com Zn reduziu a oxidação dos lípidos no plasma e a concentração de haptoglobina e a suplementação com arginina não apresentou estes efeitos. Ambos os suplementos tiveram efeitos inconsistentes sobre os parâmetros inflamatórios e oxidativos na resposta à inflamação por lipopolissacáridos. No entanto, parece que o zinco modifica o metabolismo de GSH e a arginina poderá afectar negativamente o estado antioxidante dos leitões com um sistema imunitário sensibilizado. O nível de arginina na alimentação dos leitões deve ser eleito de forma cuidadosa para evitar possíveis interacções negativas sobre o estado antioxidante durante o período posterior ao desmame.

Bergeron, N., Robert, C., and Guay, F. (2017). Feed supplementation with arginine and zinc on antioxidant status and inflammatory response in challenged weanling piglets. Animal Nutrition, 3(3), 236-246. https://doi.org/10.1016/j.aninu.2017.06.009

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