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Comparação entre cérvix de porcas nulíparas e multíparas relativamente à IA pós-cervical

O objectivo foi comparar a morfologia do útero a diferentes níveis entre as fêmeas multíparas e nulíparas.

21 Maio 2019
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Nas últimas décadas, foram desenvolvidos novos métodos de inseminação artificial (IA) em porcos, como a IA pós-cervical (PCAI). Esta, implica atravessar a cérvix para depositar o esperma no corpo do útero. Ainda que a aplicação de PCAI em porcas é frequente, a sua aplicação em fêmeas nulíparas ainda é limitada devido à dificuldade de aceder através da parte craneal do canal cervical. Foi colocada a hipótese de que o envelhecimento e a paridade modificariam o canal cervical, facilitando a introdução dos dispositivos de IA através da cérvix.

O objectivo foi comparar a morfologia do útero a diferentes níveis entre as fêmeas multíparas e nulíparas.

A análise morfológica do útero mostrou uma cérvix mais longa (25,9 ± 4,6 vs. 21,6 ± 3,3 cm) e uma maior longitude da parte do tracto reprodutivo envolvida na PCAI (desde a rima vulvar até à última prega da cérvix) (56,2 ± 6,0 vs. 50,3 ± 5,2 cm) nas porcas multíparas em comparação com as nulíparas. Relativamente à estrutura das partes vaginal e uterina da cérvix (a parte em contacto com a vagina e o corpo uterino, respectivamente), a área da secção transversal, o perímetro e espessura total foram maiores na parte uterina das multíparas que nas nulíparas (área: 4,07 ± 1,46 vs. 2,46 ± 0,56 cm2; perímetro: 8,50 ± 1,44 cm vs. 6,28 ± 0,92 cm; espessura: 10,79 ± 0,96 vs. 8,35 ± 0,62mm), mas não na parte vaginal. O conteúdo de tecido analisado nas secções transversais histológicas também mostrou diferenças entre os grupos de porcas, com um maior conteúdo de tecido conectivo (58,86 ± 10,78 contra 67,60 ± 13,38%) e uma menor quantidade de fibras musculares (39,79 ± 10,24 contra 30,66 ± 13,69% ) nas porcas multíparas. Finalmente, os moldes de silicone do canal cervical revelaram diferenças entre os dois grupos no tamanho e forma das pregues durante a sua trajectória.

A paridade, também influenciada pelo envelhecimento, determina alterações importantes no tamanho, na estrutura e conteúdo de tecido da parede do colo uterino, assim como na morfologia do canal cervical, que pode ser responsável pelos diferentes níveis de rendimento da PCAI nas diferentes populações de porcas. Portanto, o desenho futuro das estratégias de IA e os catéteres devem ter em conta as variações morfológicas do canal cervical, que dependerão da idade e da paridade das fêmeas.

García-Vázquez FA, Llamas-López PJ, Jacome MA, Sarrias-Gil L, López Albors O. Morphological changes in the porcine cervix: A comparison between nulliparous and multiparous sows with regard to post-cervical artificial insemination. Theriogenology. 2019 Mar 15;127:120-129. doi: 10.1016/j.theriogenology.2019.01.004.

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