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A farinha de colza nas dietas de gestação e lactação sobre os rendimentos das porcas e suas ninhadas

A inclusão de farinha de colza até 10% não afecta os rendimentos reprodutivos das porcas nem da ninhada.

2 Julho 2013
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Devido ao incremento da produção de biodiesel, há uma maior disponibilidade de farinha de colza extraída com solventes (RM) em França, tornando-a competitiva para a alimentação dos porcos. Nas últimas três décadas alguns países europeus não incorporaram RM nas dietas das porcas ou porcos de engorda apesar da alta qualidade da proteína, conteúdo em fibra relativamente alto e concentração de fitatos. No entanto, os efeitos a longo prazo dos glucosinolatos (GSL) quando se alimenta com RM porcas reprodutoras e sobre o rendimento da ninhada são uma preocupação persistente para os fabricantes de rações, já que a RM disponível actualmente no mercado francês contém uma elevada concentração de GLS. De qualquer modo, os riscos pela alta toxicidade são limitados pela baixa inclusão na dieta, dado o alto conteúdo em óleo residual que limita a sua inclusão em dietas de gestação. Pelo contrário, as dietas de lactação requerem um maior conteúdo em energia, pelo que poderiam permitir a possibilidade de aumentar a inclusão de bagaço de colza.

Quatro bandas de 24 porcas hiperprolíficas foram alimentadas para avaliar os efeitos da inclusão de 0 ou 10% de RM [14,5 µmol GLS g-1 com base em matéria seca (MS)] na gestação e lactação durante três ciclos reprodutivos. A ingesta de GLS foi mantida abaixo de 5 mmol/d durante o periodo de gestação e uma média de 8 mmol/d durante o periodo de lactação, correspondente a menos de 2 µmol GLS/g com base em MS.

O consumo durante a lactação, peso das porcas, gordura dorsal e duração do intervalo desmame-cio não foram diferentes (P> 0,05) entre os grupos tratamento. As porcas alimentadas com dietas com 10% de RM ou sem RM pariram 43,6 e 43,8 leitões durante três ciclos reprodutivos, respectivamente (P> 0,10). O peso dos leitões ao nascimento e ao desmame, a sobrevivência e o ganho de peso da ninhada não se viram afectados (P>0,05) pela inclusão de RM. Níveis plasmáticos similares (P>0,05) de tiroxina nas porcas e nos leitões indica que a função tiróidea não foi alterada pela inclusão de RM.

Em conclusão, as dietas de gestação e lactação com uma inclusão de 10% de RM para porcas hiperprolíficas durante três partos foram seguras e não foi afectada a longevidade da porca, nem os rendimentos reprodutivos, nem os rendimentos da ninhada.

Quiniou, N., Quinsac, A., Crépon, K., Evrard, J., Peyronnet, C., Bourdillon, A., Royer, E. and Etienne, M. 2012. Effects of feeding 10% rapeseed meal (Brassica napus) during gestation and lactation over three reproductive cycles on the performance of hyperprolific sows and their litters. Canadian Journal of Animal Science, 92: 513-524. doi:10.4141/CJAS2012-039

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