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Cereais fermentados como substitutos de cereais nobres

A utilização de grãos fermentados em dietas de crescimento diminui a emissão de gases nocivos e tem efeitos variáveis no rendimento e na digestibilidade.

21 Novembro 2013
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Os grãos são os principais ingredientes nos rações para porcos, contendo uma alta proporção de polissacáridos parcialmente solúveis de parede celular que podem ser utilizados no intestino grosso como um substracto para a fermentação microbiana. Em estudos anteriores, foi reportado que os materiais fermentáveis melhoram o rendimento produtivo, a eficiência alimentar, a digestibilidade dos nutrientes e diminuem as emissões fecais de gases nocivos em porcos. O objectivo deste estudo foi avaliar o efeito dos grãos fermentados, quando substituem os cereais não fermentados, sobre o crescimento, a digestibilidade dos nutrientes, os perfis do sangue e a emissão fecal de gases nocivos em porcos em crescimento. Três experiências (Exp.) com diferentes grãos como a aveia fermentada (FO), o milho (FC) e o trigo (FW) foram levadas a cabo para avaliar estes efeitos.

Na Exp.1, um total de 125 porcos em crescimento [(Landrace x Yorkshire) x Duroc] com 52 ± 2 dias de idade e 20,5 ± 0,82 kg de PV foram utilizados durante 2 semanas. Os porcos foram alimentados com dieta controlo (FO0), com 20% de aveia não fermentada (UFO) e as dietas com 25% (FO25), 50% (FO50), 75% (FO75) e 100% (FO100) de aveia fermentada (FO) para substituír UFO. Os animais foram distribuídos aleatoriamente pelas 5 dietas experimentais em função do seu PV inicial e sexo. A digestibilidade total aparente (DTA) da MS e a energia (P<0,05) em FO50, FO75 e FO100 aumentaram em comparação com FO0 e FO25.

Na Exp.2, um total de 96 porcos foram aleatoriamente distribuídos por quatro tratamentos que consistiram no controlo (FC0) com 57,05% de milho não fermentado (UFC), 10% (FC10), 20% (FC20) e 30% (FC30) FC para substituír UFC, durante 6 semanas. A DTA da MS e a energia em FC20 foi a maior (P <0,05) entre os tratamentos. A concentração de glucose em FC10 reduziu-se (P <0,05) em comparação com a de FC0 e FC20. Os porcos alimentados com dietas FC20 e FC30 tiveram menores (P <0.05) emissões de H2S e de ácido acético fecais que os porcos alimentados com a dieta FC0.

Na Exp. 3, um total de 120 porcos em crescimento foram alimentados com uma dieta controlo (FW0) com 20% de trigo não fermentado (UFW) e dietas com 25% (FW25), 50% (FW50), 75% (FW75) e 100% (FW100) FW para substituír UFW durante 6 semanas. Os porcos alimentados com a dieta FW 75 tiveram maior (P <0.05) GMD que os alimentados com FW0 e FW25. A DTA da MS e N aumentaram em FW50, FW75 e FW100 em comparação com FW0.

Em conclusão os resultados indicam que a substituição com 20-75% de grãos fermentados tem efeitos variáveis no rendimento e digestibilidade dos nutrientes e diminui as emissões fecais de gases nocivos de porcos em crescimento. Por outra lado, o tipo de grãos fermentados pode ser o factor mais importante para explicar estas variações.

J.H. Cho, Z.F. Zhang, I.H. Kim. 2013. Effects of fermented grains as raw cereal substitutes on growth performance, nutrient digestibility, blood profiles, and faecal noxious gas emission in growing pigs. Livestock Science. 154; 131–136. http://dx.doi.org/10.1016/j.livsci.2013.03.011

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