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A difusa fronteira entre a circovirose suína e o complexo respiratório suíno

Os resultados indicam que a EP-PCV2 é, provavelmente, uma afecção insignificante e que o PCV2 contribui em grande medida para o CRP.

1 Outubro 2013
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Investigadores do CReSA (Espanha) publicaram um estudo retrospectivo cujos resultados indicam que a doença exclusivamente pulmonar causada por circovirus suíno tipo 2 é, provavelmente, uma afecção insignificante, e que a infecção sistémica por circovirus suíno tipo 2 contribui em grande medida para o complexo respiratório suíno.

O complexo respiratório suíno (CRP) é uma forma de apresentação clínica caracterizada por sinais respiratórios e atraso no crescimento em porcos de engorda-finalização. A morbilidade oscila entre os 10 e os 40% e a mortalidade entre 2 e 20%.

As lesões respiratórias do CRP têm uma etiologia multifactorial, sendo o circovirus suíno tipo 2 (PCV2) um dos agentes patogénicos potencialmente envolvidos na forma de apresentação deste complexo. Particularmente, o PCV2 foi relacionado com a circovirose suína (CP, ou doença sistémica associada à PCV2), mas alguns estudos assinaram que pode causar lesões respiratórias na ausência de um dano linfóide sistémico. Esta afecção, aparentemente distinta, conhece-se como doença pulmonar por PCV2 (EP- PCV2).

O presente estudo analisou de forma retrospectiva a relação entre o CRP e a infecção por PCV2 desde uma perspectiva patológica. Nos 317 porcos seleccionados que padeciam de CRP e foram submetidos a necropsia entre 1998 e 2011, as lesões com maior prevalência foram a pneumonia intersticial subaguda (27,7%) e a combinação de pneumonia intersticial subaguda com broncopneumonia catarral-purulenta (28,4%). Um total de 226 porcos eram positivos a PCV2 mediante hibridação in situ (HIS). Destes, 184 padeciam CP. Os restantes 42 porcos positivos a PCV2 não tinham lesões linfóides e apresentavam uma bixja quantidade de ácido nucleico vírico nestes tecidos e, portanto, não se classificaram como CP; só 9 foram positivos mediante HIS a PCV2 concomitante no pulmão, também em baixas quantidades.

Em conclusão, todos os casos positivos mediante HIS a CRP-PCV2 têm evidência de infecção vírica sistémica. Estes resultados indicam que a EP-PCV2 é, provavelmente, uma afecção insignificante e que o PCV2 contribui em grande medida para o CRP.

Ticó G, Segalés J, Martínez J. The blurred border between porcine circovirus type 2-systemic disease and porcine respiratory disease complex. Vet Microbiol. 2013 May 3;163(3-4):242-7.

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